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Para que servem as cinzas na testa?

Coluna Mensageiro
– Quando ouvimos falar de Carnaval, a festa da carne, o carnival, o limite da libertinagem, e coisas do tipo, ouvimos também da Quarta-feira de Cinzas, dia em que muita gente que se entregou à festa ao Momo, ir à igreja, como puríssimos fieis para, junto com outros fieis, dar início ao período da Quaresma.

O significado da quarta-feira de cinzas é divergente entre umas e outras denominações religiosas.
Falando apenas do Cristianismo, podemos ver que não é o mesmo procedimento em todas as igrejas, nessa data.
Haverá aplicação de cinzas na testa de pessoas que forem ao evento, em determinadas igrejas; em outras, não.

Dizem que a cinza é para purificar as pessoas, não exatamente porque se excederam no Carnaval, mas todas as pessoas que acorrerem a esse ato.
Mas de onde viria esse rito, esse costume, essa prática religiosa? Seria do Antigo Testamento, enquanto não tivesse ocorrido a morte de Jesus, como ato único e suficiente para perdão dos pecados de quem assim se humilhar e confessar que errou, que pecou, e que busca o perdão?

Numa passagem do Novo testamento, em Hebreus 9.13 e 14, dependendo a versão da Bíblia, diz: “Se o sangue de bodes e de touros e as cinzas de uma novilha aspergidas sobre os contaminados, santifica-os para a purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo que pelo Espírito eterno se ofereceu sem defeito a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo”.

Era prática, no Antigo Testamento (segundo o sítio Semeando Vida), o sacerdote (ministrante) matar uma novilha vermelha em que não houvesse defeito algum, e que não tivesse levado o jugo (a canga para puxar arado ou carroça). Essa novilha era queimada com todas as partes. Não nos aprofundando em mais detalhes, a cinza era misturada a água corrente, acondicionada numa vasilha e então aspergida sobre uma pessoa imunda. Dizia-se que este era um ato de purificação, ou também, como crêem alguns, uma forma de batismo, assim entendido pela passagem de Hebreus 9.

Mas, para os cristãos, a obra de Cristo, absolveu os fieis de práticas antes recomendadas, pois a morte, a ressurreição e a ascenção de Jesus ao céu, passaria a ser o único e suficiente ato para perdão de pecados e acesso à pátria celeste, o céu.

 Entretanto, algumas denominações preservam, simbolicamente, um rito do Antigo Testamento, que constava de a pessoa que se sentia pecadora submeter-se à penitência e, como gesto exterior, se cobria de cinza, como forma de reconhecer sua fragilidade e mortalidade, para ser redimida pela misericórdia de Deus.

Esse ato simbólico, realizado em igrejas, de fieis receberem a aplicação de cinza, seria um símbolo para a reflexão, sobre o dever da conversão, da mudança de vida, reconhecer que a passagem por esse mundo é transitória e é sujeita à morte.

As cinzas para esse rito seriam preparadas da queima dos ramos (geralmente de palmeira-cica) trazidos para serem abençoados no domingo anterior, tratado como Domingo de Ramos.

E, tu, que valor dás às cinzas que em algumas igrejas é aplicada na testa dos fieis?
Se dás, ou não, valor a esse rito, não cabe a nós aprovar ou não, pois respeitamos a fé de cada qual.
Simples, assim!

Edvino Borkenhagen

Coluna Mensageiro – Registro 0123526, 18/08/2003 – Títulos e Documentos
Publicada em 19/02/2021 – Ano XXIII – Mensagem 1.178
Leitura crítica antes de publicar, por: Adolf Samuel Borkenhagen

BORKENHAGEN 37 ANOS  MOSTRANDO CRENÇAS, SEM OFENDER SEUS ADEPTOS!

 

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