Coluna Mensageiro
– Foi lá num determinado ano do Século XXI que vimos e ouvimos, nos televisores, um carro de som transmitindo uma como que voz rouca.
Ao se perguntarem os telespectadores e, mesmo antes, os protagonistas daquele anúncio, o que aquilo significava, via-se a resposta:
“É que o Corinthians, ontem, sagrou-se campeão paulista e seus torcedores estão roucos de tanta celebração”.
Quando o Brasil tornou-se campeão na Copa Mundial de Futebol, até as pessoas menos chegadas a esporte, sentiram o sangue correr mais livre, mais alegre, em suas artérias. Tu consegues perceber quando teu sangue está alegre ou quando está acabrunhado?
Pois é, precisas, primeiro, prestar mais atenção no teu próprio corpo para, então, te dedicares
– na busca de solução para o empreendimento em que atuas;
– na busca de novas ações na tua entidade de serviço voluntário;
– na propagação dos ensinamentos da crença que tu defendes; e, não por último,
– então te apresentares como solução para o Executivo ou o Legislativo de teu município.
Sim, em Foz do Iguaçu, tivemos 9 candidatos ao Executivo. Nove? Por que tanta diversidade na política?
Porque se:
– para alguns, vencer o certame seria a garantia da permanência no poder;
– para outros seria o retorno ao poder;
– para outros a possibilidade de apresentação de propostas sem a mesmice do ‘continuar fazendo’, do ‘eu sei fazer’, mas a chance de apresentar aos eleitores que o Município pode ter outra forma de ser administrado e com melhores resultados; e
– para outros, mera ‘vitrine’ para manter na cabeça de eleitores: “Olha, nosso partido ainda não morreu! Nós queremos que sigas a nossa ideologia!”. Mais ou isso, né?!
Todos sabiam que apenas 1 (um) seria o vencedor, se com larga margem de votos, ou não, nem importaria.
Aos demais, caberia refletir:
– o que não foi correto em sua estratégia;
– o que não lhes deu a visibilidade necessária para que mais pessoas, conhecessem as propostas;
– o que coligações usaram de meios exdrúxulos, de mentiras, para contaminar a campanha de quem veio limpo; ou
– por que, além da polarização entre dois exponenciais pretendentes (aos quais a mídia já vinha dando espaço há muito tempo antes de ser permitida a campanha eleitoral, como se estivesse propagando informação, mas na verdade foi campanha explícita), não teria rendido mais votos?
Ah, “Eu estou decidido a votar no candidato ‘X’!” Um dia antes da eleição penso: “O meu candidato, nas pesquisas, não se mostra muito bem. Ainda que eu não queira me nortear pelas pesquisas, pode acontecer que dentre os 2 mais cotados possa ganhar aquele que eu menos gostaria que ganhasse. Então vou deixar meu candidato de lado e votar no outro que está bem cotado, para não deixar vencer aquele que eu não gostaria de ver Prefeito!”
É isso que se ouviu após a proclamação do resultado da eleição.
Mais ou menos assim:
Eu sou paulista (ou não). O Corinthians vai decidir um campeonato com um time carioca. Eu vou torcer para o time paulista? Não! Eu torço para o time carioca vencer, só para que o Corinthians não seja campeão.
É de duvidar que muitos torcedores já não tenham feito isso!
Quem perdeu, de fato perdeu?
É provável que tenha absorvido boas lições para a próxima eleição, para o próximo campeonato.
A eleição já passou!
Vivamos e atuemos para que o município vá bem!
Edvino Borkenhagen
Coluna Mensageiro – Registro 0123526, 18/08/2003 – Títulos e Documentos
Publicada em 20/11/2020 – Ano XXIII – Mensagem 1.165
Leitura crítica antes de publicar, por: Robson Andrade de Campos
BORKENHAGEN – 37 ANOS ANALISANDO FATOS, COM COERÊNCIA!