Nos valemos da coluna de Anselmo Cordeiro - "Compromisso
com a Verdade", no jornal A Gazeta do
Iguaçu.
E tão importante que consideramos o teor, que a digitamos
inteirinha. Os destaques são nossos.
Edição Nº 7.613, de 14 de novembro de 2013, página b11:
O grande impulso de uma grande cidade
No dia 14 de Novembro de 1951, quando
Bento Munhoz da Rocha Neto assinou a Lei 790/51, criando Cascavel,
Toledo, Guaíra, Guaraniaçu, Capanema, Santo Antônio do Sudoeste,
Barracão, Pato Branco e Foz do Iguaçu, Cascavel era a quarta
delas em importância e tamanho. Tanto é que
na
eleição de 09 de Novembro de 1952, enquanto
- Pato Branco teve 1.888 votantes;
- Francisco Beltrão recebeu 1.546;
- Toledo, 1027;
- Cascavel, 931 eleitores e
- Guaraniaçu, recebeu 929 eleitores.
Outros municípios criados antes, como
- a mãe Foz do Iguaçu, contava
na época com 2.600 eleitores,
- Palmas, com 2.386,
- Campo Mourão, com 2.100,
- União da vitória, com 4.600 e
- Guarapuava, com 7.100 votantes.
Por estes números dá para ter uma
dimensão do tamanho das cidades e principalmente dos desafios que
viriam.
Eleito prefeito com 1 voto de vantagem
sobre Tarquinio Joslin dos Santos, o segundo mais votado, José Never
Formighieri era obstinado pelo trabalho e pela política. Tão logo
tomou posse foi a Curitiba "acertar os ponteiros" com o governador
Bento, que inclusive não havia lhe apoiado.
Na
viagem de volta
ocupou a poltrona
ao lado do major Oscar
Ramos Pereira,
um engenheiro
do DER que muito fez pelo Paraná
e enquanto voavam,
ouviu do major
Oscar que
existia em curso um projeto da "estrada boiadeira",
ligando o Mato Grosso com o Porto de Paranaguá e com isso Campo
Mourão passaria a ser o grande entroncamento, "matando" Cascavel,
que assim ficaria isolada num canto do Paraná.
Formighieri ouviu
do major Oscar - cuja casa, localizada onde hoje é o HSBC da Avenida
Brasil com a Tiradentes e 13 de Maio, foi a primeira a ter piscina
em Cascavel -, que
a saída era abrir
estradas ligando aos portos.
Neves (o prefeito), já à época com
ideias avançadas, comprou um trator com financiamento próprio e
encarregou Manoel Ludgero Pompeu e o tratorista Mario Thomasi, de
abrirem as estradas. E a máquina rasgou a mata. Do Porto
1, no Piquiri até a barranca do Iguaçu, todos os caminhos levavam a
Cascavel, que em pouco tempo se tornou o maior entroncamento
rodoviário desde Ponta Grossa. A cidade passou a ser opção de
passagens pro Norte, Sul, Centro-Oeste e Sudoesto do Paraná,
recebendo os migrantes gaúchos e catarinenses. Estavam fazendo
estradas, que trariam gente. Mas e daí?
Agora os próximos passos: preparar a
cidade para os visitantes e futuros investidores. Ninguém gosta
de cidade escura. Pois Neves mandou buscar em Munhoz da Rocha em
motor que estava abandonado no meio do mato. Instalou-o na saída
para Foz do Iguaçu e a cidade passou a ter luz. Mais tarde veio a
usina de Melissa.
Mas uma cidade sem médico? Foi a
Curitiba, e de lá trouxe outro visionário, o Dr.Wilson Joffre, que
se instalou num quarto de hotel e logo tinha um pequeno hospital.
Para incrementar o que faltava, trouxe
Celso Sperança, professor, jornalista e que muito ajudou nas lides
burocráticas da Prefeitura.
Estava formado o tripé do futuro:
estradas, hospital e educação, além da luz elétrica. A partir de
então foi só ter firmeza e obstinação, que o futuro era certo.
Cascavel cresceu, teve a sorte de ter novos grandes prefeitos e hoje
deixou todas as vizinhanças no chinelo e se consolida como a quinta
maior cidade do Estado. Poderia estar melhor, mas o futuro promete
ser brilhante.
Homens como Formighieri, que muito me
honrou com sua amizade, Florêncio Galafassi, os Pompeus, Horácio
Reis, Tarquínio, Massaneiro, Nhô Jeca, Alípio Leal (pai do amigo
Mamedes), Ramiro Siqueira, Dr.Odilon, Octacílio Mion, Jacy
Scanagatta, Salazar Barreiros, Assis Gurgacz, os Bilibio, os
Bramatti, cujo patriarca foi prefeito da vizinha Guaraniaçu, os
Tfardowski, Munhak, Rebelatto, Fracaro, Dalcanalle, Luchesa, os
Favarin, Muffato, Macanhão, Salazar Barreiros e tantos outros que
escreveram com letras douradas a bela história de Cascavel.
Publicado em 14/11/2013
Um destaque:
Em 1971, no então 1º Batalhão de
Fronteira - 1ºBFron, prestou o serviço militar o filho do major
Oscar, o Soldado Fuzileiro, Nº 732 - Oscar Pereira Júnior, que deu
baixa do serviço como Cabo Oscar.
Também prestou o serviço militar, na
2ª Cia.de Fuzileiros, o Soldado Fuzileiro, Nº 697, atual contador
Edvino Borkenhagen, que deu baixa do serviço militar como Cabo
Edvino.
Em 24/09/2011, o (ex) Cabo
Oscar enviou um e-mail para o (ex) Cabo Edvino, com o título
apenas como 1º BFron.
Se o major Oscar já é um orgulho para
Cascavel, então seu filho Oscar reforçará os sentimentos, do povo
cascavelense, diante do que ele escreveu naquele e-mail.
Resumindo, antes de lhe
oportunizar o teor do e-mail, Oscar e Edvino se re-encontraram, em
Foz do Iguaçu (num jantar no Chef Lopes, ocasião em que o reencontro
mereceu um brinde por conta da casa), após 40 anos sem diálogo
algum, mas com a amizade revigorada graças às afinidades construídas
no tempo de caserna e às postagens sobre assuntos ligados ao
Batalhão, no sítio da Borkenhagen Contabilidade, o que o teor do
e-mail deixa bem claro.
Delicie-se!
Fiquei muito surpreso quando navegando pelo Google, encontrei o slide
da 2ª cia Fuzileiros do 1º Bfron de 1971, ano em que servimos.
Encontrei o teu e-mail no Site da Borkenhagen Contabilidade. Bem,
deixa eu refrescar um pouco a tua memória, pois já deves estar
Sou Oscar Pereira Júnior, na época o fuzileiro Nº 732 com o nome de
guerra OSCAR, era de Cascavel e fizemos o curso de Cabo juntos, tendo
eu dado baixa com a patente de Cabo e voltando para Cascavel. Desde
então muito tempo já se passou, mas lembro perfeitamente de todos e
sinto saudades, era muito amigo do Campos que engajou e também nunca
Em Cascavel convivi algum tempo ainda com os que eram de lá (Nelso,
Quando dei baixa tinha somente o ginásio, fui então fazer o Científico
em Curitiba, e depois fiz o Curso de Medicina em Belém do Pará, cidade
Após a formatura, os formandos da área de Saúde necessitam se
apresentar nas Forças Armadas para formação dos Oficiais da Reserva
(R2). Eu já tinha servido e mesmo com as obrigações militares em dia,
fui voluntário como Aspirante a Oficial Médico do Exército, realizando
meu estágio de Instrução no 2º BIS - Batalhão de Infantaria de Selva
(BOINA VERDE), da 5ª RM e já como 2º Tenente, servi novamente durante
1 ano na CIA ESPECIAL DE FRONTEIRA, no município de Oiapoque-AP.
Poderia ter ficado por um período de 4 anos como oficial R2, mas dei
baixa ao final do primeiro ano, era recém-formado e a minha meta era
fazer o curso de especialização (Pós-Graduação em Oftalmologia),
realizado durante 2 anos no Rio de Janeiro.
Caso o Campos more em Foz do Iguaçu ou ainda tenha algum contato com
ele, forneça o meu endereço.
Estive em Foz há uns 2 anos. Meus irmãos moram em Curitiba. Pena não
termos tido este contato antes. Se um dia vieres a Belém será um
Mando em anexo uma foto. (Eu, a esposa e a neta)
Um grande abraço do Oscar.
Esclarecendo: A foto não será publicada.
Observação: O Campos, quando ainda era militar foi encontrado pelo Edvino alguma vez no 34º BIMtz, agora 34º BIMec.
O Zélio Nhepes, que possuía uma ótica em Foz do Iguaçu foi procurado, mas ninguém sabe para onde se mudou.
Se alguém tem notícias deles, pode comunicar-se por este link.
Acrescentado em 14/11/2013