Postado em 21/06/2013
Manifestações, recebidas, sobre a onda de
protestos
Em 21/06/13 de Enrique Baldovino,
escrito de Divaldo Pereira Franco, no jornal "A Tarde", de Salvador
- BA:
"Quando as injustiças sociais
atingem o clímax e a indiferença dos governantes pelo povo que
estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob o açodar dos
conflitos íntimos e do sofrimento que se generaliza, nas culturas
democráticas, as massas correm às ruas e às praças das cidades para
apresentar o seu clamor, para exigir respeito, para que sejam
cumpridas as promessas eleitoreiras que lhe foram feitas...
Já não é mais possível amordaçar as
pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos da
agressividade policial e da indiferença pelas suas dores.
O ser humano da atualidade
encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo ao direito de ser
respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de dignidade.
Não há mais lugar na cultura
moderna, para o absurdo de governos arbitrários, nem da aplicação
dos recursos que são arrancados do povo para extravagâncias
disfarçadas de necessárias, enquanto a educação, a saúde, o trabalho
são escassos ou colocados em plano inferior.
A utilização de estatísticas
falsas, adaptadas aos interesses dos administradores, não consegue
aplacar a fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação das
doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do
assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o
clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.
É lamentável, porém, que pessoas
inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do
desrespeito, aproveitem-se desses nobres movimentos e os transformem
em festival de destruição.
Que, para esses inconsequentes,
sejam aplicadas as corrigendas previstas pelas leis, mas que se
preservem os direitos do cidadão para reclamar justiça e apoio nas
suas reivindicações.
O povo, quando clama em sofrimento,
não silencia sua voz, senão quando atendidas as suas justas
reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do
futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames condutas...
porém, em ordem e em paz."
Em 21/06/13, do Pastor Rony Ricardo
Marquardt - Diretor do Colégio Luterano Concórdia de São Leopoldo -
RS
"Estamos todos preocupados e sob
forte impacto diante dos últimos acontecimentos e manifestações em
todo nosso país. O grande número de manifestantes nas ruas nos traz
admiração, mas também, nos leva a uma profunda reflexão.
A corrupção crescente e sem
consequências sobre os que a praticam de forma aviltada e descarada,
a falta de segurança, os problemas na área da saúde e da educação,
enfim, o povo saturou-se, o povo não consegue mais conviver com o
descaso e a impunidade e, por isso, grita, se manifesta e busca
justiça, decência e honra.
Dentro desse cenário, não podemos
concordar e nem compactuar com o vandalismo e extremismo, que, na
verdade, foi e é praticada por um grupo pequeno de inconsequentes. O
caminho não é com a violência, nem o vandalismo, pois, no final, nós
mesmos temos que pagar a conta, pois é nosso patrimônio que é
delapidado e atingido.
Chama a atenção que esse movimento
não está encabeçado por uma cor partidária, pelo contrário, há um
clamor para que seja isento, um movimento apolítico, direcionado a
todos que nos governam e que deveriam zelar pelo bem estar do povo e
não dos seus interesses mesquinhos e egoístas.
O grande batalhador pela justiça e
pelos direitos humanos, Martin Luther King disse: “O que me preocupa
não é o grito dos maus, mas, sim, o silêncio dos bons.” Nesse
sentido a Igreja Evangélica Luterana do Brasil, apoia um movimento
democrático, na luta pela moral, pela ética, pela justiça e pelo
bem-estar do povo brasileiro, repudiando atos de violência e
vandalismo, buscando sempre o caminho da paz e do amor.
Conclamamos o povo luterano para
que inclua em suas orações nosso país. Peçamos a ajuda daquele que é
Senhor sobre tudo e sobre todos. Coloquemos nossa vida e o destino
do nosso país em suas mãos, pedindo para que Deus dê sabedoria,
humildade, bom senso e atitude aos nossos governantes, no sentido de
exercerem sua função com dignidade e responsabilidade, defendendo os
interesses de um povo sofrido e carente, na busca da felicidade, da
harmonia e do progresso.
O salmista disse, na Bíblia
Sagrada: “Feliz a nação cujo Deus é o
Senhor.” Salmo 33.12. Esse é o nosso desejo. Esse é
o nosso sonho, um
povo ligado ao seu Criador, amando e
confiando em Cristo Jesus como seu Salvador, e deixando que o
Espírito Santo possa agir em suas vidas e corações, através da
Palavra de Deus e assim, respondendo a esse amor com uma vida digna,
honrada, decente, honesta e carregada de amor."
Pela Igreja Evangélica Luterana do
Brasil
Pastor Egon Kopereck - Presidente