Pode lhe parecer uma tentação saber que há uma vaga em empresa que
ofereça mais do que o valor que você percebe onde está trabalhando.
Mas qual é a cultura e os valores que a proponente segue? Isso lhe
faz diferença?
Antes de aceitar a oferta, segundo
Eduardo Ferraz, considere: "Se você é uma pessoa calma, formal,
concentrada, que gosta de fazer uma coisa de cada vez, e entra em
uma empresa sem rotinas definidas, com muita pressão e comandada por
pessoas ansiosas e agressivas, certamente não conseguirá se adaptar.
O mesmo acontece com pessoas extrovertidas em ambientes formais".
Mesmo que o salário, os benefícios e todas as outras vantagens sejam
ótimos no início, depois não serão suficientes para motivá-lo a
continuar na empresa com o máximo de produtividade. "Em ambos os
casos, o profissional terá de passar os dias se controlando e
sofrendo em um ambiente com uma cultura completamente diferente
daquela em que se sentiria feliz".
Talvez seja difícil trabalhar em
empresas muito formais, bem organizadas ou com hierarquia bem
definida. Talvez seja melhor valorizar o lugar em empresa que pague
menos que a outra oferta, mas proporcione mais conforto e qualidade
de vida. Talvez a menos distância de casa e menos exposição ao
trânsito sejam fatores a considerar.
Ser feliz onde se está trabalhando
pode compensar o aparente prejuízo financeiro, a curto prazo, por
não aceitar o novo emprego, pois produzindo mais, poderá auferir
ganho maior, a médio prazo, e poderá ter oportunidades de
crescimento.
Assim, antes de correr para onde
oferecem mais, antes de se submeter a processo de seleção, é
importante conhecer o ambiente e os possíveis companheiros de
trabalho, bem como o perfil de quem já foi promovido, lá.
Ainda como diz Ferraz "Pessoas
muito diferentes do clima e da cultura organizacional sofrem uma
pressão enorme e não conseguem render o necessário, o que acaba
sendo ruim para o profissional quanto para a organização. Quando
alguém se sente parte da cultura, concorda, defende e valoriza a
empresa sem ninguém pedir".
A cultura de uma empresa existe para
propiciar solidez na tomada de decisões e modos de agir dos
empregados, para dar credibilidade à imagem da empresa. O
mútuo esforço para o bom entendimento garante estrutura consistente
e ritmo de produtividade da organização.
Mudar a cultura da empresa que já
existe há vários anos e está sólida? Pode ser perigoso para a
imagem. Os profissionais devem se encaixar na estrutura da empresa,
não o contrário.
Acrescentamos o que foi ouvido em uma
das convenções da FACIAP, em Foz do Iguaçu, da fala do
diretor-presidente das Lojas Marisa: "Se de manhã, ao vestir o
uniforme, você não sentir os olhos brilharem, então não vá
trabalhar. Talvez a empresa não mereça você, ou você não mereça a
empresa!".
Aos membros da equipe BORKENHAGEN esta
mensagem é conhecida, pois em várias oportunidades já foi
pronunciada.
Cabe também uma pergunta:
A FELICIDADE INTERNA BRUTA EXISTE?
Ainda embrionária, mas como meta ela
existe, para a equipe da
BORKENHAGEN, pois na Pesquisa Interna de Satisfação o
resultado confirma que vem sendo feito o possível para proporcionar
ambiente adequado para realizar
o serviço, feliz.
Publicado em 21/11/2012