Esta é a última
publicação de texto
do Professor Tarcísio Vanderlinde, na versão atual deste sítio.
Igualmente
estará disponível na nova versão a publicar em 02/04/2018, aniversário de 35
anos da BORKENHAGEN
A saudação do Professor:
Que você,
sua família, sua equipe [e internautas] possam ter uma semana santa
abençoada e uma Feliz Páscoa!
Ao
final de 2017 lancei um livro decorrente da experiência de ter visitado a
Terra Santa. Milhões de pessoas de todos os recantos do planeta já fizeram a
visita. Outras tantas ainda planejam, com expectativa, sua vez.
Há várias possibilidades de se construir um relato sobre a viagem. Minha
narrativa não ignorou que se trata de uma região de embates milenares. O
texto, contudo, adota uma postura pacifista em relação aos conflitos que se
acirraram na região, principalmente a partir do século XX, tendo por
motivação a dolorosa (re)territorialização do moderno Estado de Israel.
Faz diferença poder circular pessoalmente por locais onde aconteceram
eventos que acabaram chegando a nós apenas indiretamente. É essa motivação
que faz mover em direção à Terra Santa pessoas de tantas nacionalidades.
Muitos lugares lembram uma história trágica do passado e continuam sendo
ambientes potencialmente explosivos no presente. A recente declaração do
presidente dos Estados Unidos reconhecendo Jerusalém como capital de Israel
gerou protestos pelo mundo.
A geografia da Terra Santa continua marcada por memórias que se mesclam e
reforçam o imaginário de judeus, muçulmanos e cristãos. Por outro lado, as
polêmicas criadas com objetivos políticos parecem ter pouca interferência no
quotidiano de quem ali vive. A impressão que dá é que os conflitos são muito
mais construídos de fora para dentro do que de dentro para fora.
Peregrinos que costumam visitar lugares considerados santos em Jerusalém,
seja ela ocidental ou oriental, não costumam fazer perguntas sobre a mutante
geografia do lugar. Decorrente da concepção de mundo, viajantes vão sendo
impactados tendo percepções particulares sobre os lugares que visitam. É na
crença de cada um que é reconhecido o sentido dos lugares que se visitam.
Pela importância de Jerusalém para a história e para os peregrinos que a
visitam, acabei citando a cidade 45 vezes no meu curto livro. Só após ter
caminhado pelas ruas de Jerusalém é que se compreende o porquê desta cidade
atrair tantas pessoas de tantas procedências, sejam elas de ascendência
judaica, muçulmana ou “gentia”, como foi o meu caso.
Viajando do sul ao norte, aos cuidados de um motorista árabe, a última
parada antes de Jerusalém foi a cidade de Jericó. Diversos eventos de antes
da era cristã e dos tempos de Jesus aconteceram em Jericó, cidade que fica
hoje na Cisjordânia. De acordo com relatos antigos, os peregrinos
procedentes da Galileia que iam para as festas em Jerusalém, como a da
Páscoa por exemplo, desciam pelo vale do rio Jordão até Jericó. Dali subiam
até a cidade de Jerusalém, que ficava “em cima da serra”.
Um pouco antes do túnel que atravessa o monte Scopus, e que proporcionaria a
primeira visão da cidade, o guia compartilhou com os amigos que me
acompanhavam, um áudio da centenária canção “A cidade santa”. Então, foi
cantando que senti que estava no limiar de uma cidade que continua a
fascinar gerações desde a antiguidade. Difícil ficar indiferente.
Por existir, Jerusalém inquieta o
mundo!
Autoria:
Tarcisio Vanderlinde
Publicado em 26/03/2018
Foto buscada na Internet:

Foto cedida pelo autor:

Cada visitante, ao passar pelo Vale do Cedrom tem a
percepção de acordo com a sua fé!
O professor Vanderlinde, assim deixou registrado:
Na
imagem, visitantes brasileiros atravessam a pé o vale do Cedrom que fica
entre os muros da cidade de Jerusalém e o Getsêmani. Quando estava em
Jerusalém, Jesus atravessava com frequência este vale para visitar seus
amigos em Betânia ou orar no monte das Oliveiras, lugares que ficam no lado
oriental do vale. A travessia é muito emocionante e carregada de história.
Foi um privilégio ter passado pela experiência.
Obrigado, Professor
Tarcisio Vanderlinde!
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