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Qual será tua "trilha" em 2016?

Pessoas viajam a serviço, pessoas viajam a passeio, pessoas viajam por uma missão, pessoas viajam por um ideal, pessoas simplesmente viajam, porque viajar é aprender.

 Obrigado Professor! Seu artigo (Pela trilha do Sinai) pode nos servir de 'norte' para alguma decisão, neste novo ano. Considerando que o volume de artigos e mensagens, na véspera de Natal poderia ofuscar, ou prejudicar o seu artigo, preferimos publicá-lo em data próxima ao Dia de Reis - o Natal dos gentios (não judeus).


Não chega ser tão brilhante como a Estrela de Magalhães, que costumamos ver na constelação do Cruzeiro do Sul. Contudo, o que torna a estrela modesta da constelação da Ursa Menor tão importante, é o lance de que desde tempos imemoriais, os humanos terem notado de que ela ficava “fixa” num determinado ponto do céu, sendo que as demais estrelas pareciam girar em torno dela. O fato de ela se apresentar como eixo imaginário, possibilitou que se tornasse ponto de referência para viagens no hemisfério norte da Terra.

Ali, no coração do Sinai (Egito), aproximadamente a 30º de latitude norte (Porto Alegre fica em latitude equivalente no hemisfério sul), um pouco apagada, estava a estrela. Com ajuda de um amigo, utilizamos como referência as constelações da Ursa Maior e Cassiopeia para localizar o objetivo. Durante quatro horas, na madrugada do dia 17 de maio de 2014, enquanto caminhávamos pela trilha que nos levaria ao topo do Monte Sinai, pudemos observar como as outras estrelas “giravam” ao redor da Estrela Polar. Foi como um Natal fora de época.

Os apreciadores das estrelas têm diminuído de número. O mundo de hoje têm coisas mais interessantes para serem observadas.

Ao contar suas memórias num filme, o octogenário cineasta japonês Akira Kurosawa aparece como um viajante que chega a uma determinada aldeia. Ali, ele encontra um ancião de 103 anos de idade, com o qual trava um diálogo ontológico.

A certa altura o viajante percebe que a eletricidade ainda não havia chegado àquele lugar, fato que o levou a considerar de que naquela aldeia as noites deveriam ser muito escuras. “É, assim é a noite”, respondeu o ancião. “Por que a noite deveria ser clara como o dia? Eu não ia querer noites claras que não deixassem ver as estrelas”.

Cecília Meireles, em uma de suas poesias, percebe o mar como metáfora de um tempo longo. E nele, nós, a navegar como os antigos velejadores. No céu, constelações e estrelas a nos guiar: “Muitas Velas. Muitos remos. Âncora é outro falar... Tempo que navegaremos, não se pode calcular. Vimos as Plêiades. Vemos agora a Estrela Polar. Muitas velas. Muitos remos. Curta vida. Longo Mar”.

Eu deveria ter uns cinco anos quando numa madrugada de verão, meu pai me acordou para que eu o acompanhasse numa viagem. Ainda estava escuro, e quando saímos de casa o clarão da Via Láctea me impressionou muito. Meu pai apontou para uma estrela que se destacava e falou: “aquela é a Estrela da Manhã” (Der Mogenstern).

Nos anos seguintes aprendi que as constelações mudavam com o curso das estações. Mas também entendi que as estrelas poderiam revelar muito mais. Elas costumam nos mandar mensagens de um tempo longo que pode ajudar a viver o tempo breve que é concedido a cada um de nós.

Há aproximadamente dois mil anos, uma estrela brilhou intensamente para avisar a alguns observadores atentos, que algo extraordinário havia acontecido.

Amig@s, um Feliz Natal! E até!

(Reservamos, então, a oportunidade de, pela mensagem acima, o prof.Vanderlinde desejar Feliz Natal, não antes da data estabelecida pela Igreja Romana, mas antes da data estabelecida pela Igreja Ortodoxa.)

 

Autoria: Tarcisio Vanderlinde

Imagens fornecidas pelo autor

Publicado em 02/01/2016


 

Complementando:

Há alguns anos, numa certa noite, em Nova Santa Rosa - PR, na propriedade dos meus pais, não sei exatamente sobre o que falávamos, o meu pai (Otto Borkenhagen) me chamou para fora da casa.

Acompanhei-o e fomos para um lugar onde a luz elétrica não focasse em nossos olhos.

O pai disse que é importante "olhar para o céu". Realmente o pai foi exemplo de pessoa que se encantava com o céu.

Sim, se encantava, pois faleceu em 02/09/2015, já tendo 90 anos completados em 06/06/2015. Nos resta seu exemplo de pai.

Mas por que o pai teria me chamado para fora?

Disse ele: "Junge, guck mal zum Himmel und sehe dem Milchweg!"

Traduzindo: "Filho, olha pro céu e vê a Via Láctea!"

Algumas traduções trazem a Via Láctea como "die Milchstraße".

Em tradução literal teríamos: Milchweg = o Caminho de Leite, enquanto que Milchstraße = Estrada de Leite.

Eu fiz uma 'viagem no tempo'. O Cruzeiro do Sul era algo normal, mas observar a Via Láctea (sentido Noroeste - Sudeste) foi fenomenal.

Nunca eu havia sido instigado a observar a Via Láctea.

Nunca um professor sugeriu que a observasse.

Nunca me ocorrera, até então, de olhar pro céu e ver mais do que estrelas e a lua, à noite.

É incrível, é impressionante! Quanto mais escura a noite, mais a Via Láctea se destaca no céu, sem nuvens.

Agora o mais marcante não foi ver a Via Láctea, pois ainda a posso ver hoje em dia, ou a poderia ter visto por indicação de outra pessoa, mas não. Foi o meu pai, com apenas a escola primária, que me fez saber de maravilhas que se pode admirar no céu. Eu acredito que eu estava entre os 40 e os 50 nos de idade. Hoje estou com 63 nos.

Por isso reforço, assim como meu pai disse: é importante "olhar para o céu", fisicamente, e também espiritualmente.

A visita dos magos do Oriente, que a Bíblia registra terem visitado Jesus, dias após o seu nascimento, pelo que em 06 de Janeiro se comemora o Dia de Reis, se concretizou porque eles (estudiosos das estrelas) se nortearam, se guiaram por uma estrela que lhes permitiu definir a "trilha" para chegar onde nasceu, aquele que os cristãos crêem ser seu Salvador. 

 

Acrescentado por Edvino Borkenhagen em 02/01/2016

 

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