Do artigo de Victória Valiente, que tão gentilmente nos foi fornecido, aproveitamos para fazer essa chamada na reta final do período pré-eleitoral.

No jornal A Gazeta do Iguaçu, em 29/09/2014, o artigo foi publicado sob o título:

O inferno é pavimentado com os tijolos das boas intenções

 

Estamos descaracterizando o artigo de Victória Valiente? Em absoluto, não!

Estamos dando mais evidencia à sapiência da autora, para que muitos eleitores também reflitam sobre o conteúdo, relacionando-o com promessas eleitoreiras que tenham recebido nesse período.

Eis o artigo:

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Quem nunca disse com a cara mais inocente do mundo que só queria ajudar e acabou fazendo ou dizendo alguma besteira?

Acontece o tempo todo.

Dizem que perguntar não ofende, mas é claro que dependendo da pergunta, às vezes ofende, sim.

A dúvida ofende. Às vezes a pessoa mantém silêncio sobre algum assunto justamente porque não quer compartilhar. Respeite!

Antes de toda ação há uma intenção, mas para que servem as boas intenções se não vierem acompanhadas de bons atos?

As intenções por elas mesmas nada são. Sou pelo fazer.

 

Sabe o que quer dizer GRAÇA?

Graça é um substantivo feminino que provém do termo em latim gratia e significa benevolência, mercê, estima ou um favor que se dispensa ou recebe sem custo, como a própria palavra sugere “graça” não se pede, se recebe.

Por exemplo, fotografia, quando tenho oportunidade faço profissionalmente, ou seja, trabalho por dinheiro, quando QUERO fazer de graça ofereço de livre e espontânea vontade, portanto se a pessoa pedir já não é mais graça, é favor e favor é outra coisa.

 

Gosto de dirigir, mas o trânsito me cansa demais. Há dias em que gasto mais de hora para ir e voltar. Não espere que eu chegue sorrindo! Sim, eu sei que preciso trabalhar.

Isso afinal ninguém tem culpa do trânsito e todos sofrem do mesmo mal, mas eu fico indignada.

Aí a pessoa que pediu carona me diz “se vier de mau-humor, não venha!”. Mereço?

 

Por que temos que estar sempre felizes? Que maluquice é esta de que temos que estar dispostos e alegres 24 horas por dia?

Por acaso é melhor não fazer do que fazer sério? Eu não concordo.

Tenho uma amiga que diz que melhor é feito do que perfeito. Concordo plenamente.

 

Sejamos mais práticos e menos exigentes com o próximo; paremos com este blábláblá de boas intenções, e vamos aos fatos.

Note que nos incomodamos com o outro sem prestar atenção no contexto, sem vestir os sapatos de quem tem contas para pagar ou trabalhou o dia todo e tem que enfrentar o trânsito para fazer algo em favor de outro.

Somos rápidos no julgar porque é mais fácil olhar para o lado do que olhar para dentro.

Gosto muito do salmo que diz “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos”.

O que isso quer dizer? Quer dizer que devemos ser genuínos em tudo que fizermos, inclusive nas intenções.

Autora: Victória Valiente - 29/09/2014

 

Moral da história (entendimento nosso):

Se você se queixa do governo, primeiro analise se você, como contribuinte, cumpriu com suas obrigações.

É mais fácil criticar uma pessoa pública do que alimentar um  projeto para ela defender ou pôr em prática.

Aos candidatos não bastam boas intenções. É preciso ter propostas exequíveis!

Quem diz que 'político não presta', candidate-se; mostre suas propostas; mereça a confiança do eleitorado; seja eleito; cumpra seu mandato, sem ceder para projetos (inóquos) de outros eleitos; ouça o clamor dos eleitores, durante todo o mandato e, ao fim, seja recebido de braços abertos por seus eleitores e por muitos outros que venham a reconhecer sua dignidade enquanto pessoa pública eleita pelo voto popular.

A Democracia é o regime da valorização do cidadão, do respeito ao cidadão.

Sem essa de pregar "voto nulo', pois quem não vota, não existe!

Pro inferno essas intenções de voto nulo!

Edvino Borkenhagen - em 02/10/2014