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Já sentiu dificuldade em sentir-se inclusivo?

A escritora Victória Valiente, nos permite reproduzir ou republicar seus textos semanalmente publicados no jornal A Gazeta do Iguaçu. Em 12/12/2016 o artigo teve o título: A receita certa.


Bicho de sete cabeças - a origem dessa expressão está na mitologia grega, mais precisamente na história de Hidra de Lema. A lenda diz que hidra era um monstro de sete cabeças que ao serem cortadas, renasciam. A expressão representa um problema invencível, grande dificuldade. Inclusão não parece ser assim, afinal, para ser inclusivo basta demonstrar simpatia pelas pessoas, cumprimentá-las, fazer com que se sintam bem a respeito delas mesmas, incluí-las em suas conversas, perguntar sua opinião, então ajudá-las a se sentir aceitas.

Muito simples na teoria. Algumas pessoas são facilmente ticadas na lista de inclusão, mas na prática há pessoas que simplesmente não vemos, e outras que escolhemos não ver, e alguns que não queremos ver, ou mesmo alguns que não existem para nós.

É fácil ser inclusivo se eu gosto de você; é fácil ser inclusivo se eu concordo com você, ou melhor, se você concorda comigo; é fácil ser inclusivo se tenho alguma afinidade com você; também é fácil ser inclusivo se eu precisar de algo seu ou se você precisar de algo meu que eu estou disposto a compartilhar. Todos queremos acreditar que somos inclusivos e apoiamos a idéia de nos tornarmos mais inclusivos.

As palavras 'Diversidade e "Inclusão" são freqüen¬temente usadas na mesma frase como se estivessem inseparavelmente ligadas, mas, de fato, a diversidade é a mistura e a inclusão é o esforço que é necessário para fazer a mistura funcionar. Você pode ter os ingredientes certos para assar um bolo, mas isso não garante que o bolo será comestível.

Recentemente assisti no cinema o magnífico documentário Humano - Uma viagem pela vida de Yan Arthus-Bertrand. O filme é longo, mas vale cada minuto. A fotografia é maravilhosa e a trilha sonora sensacional. 2.000 pessoas foram entrevistadas em 60 países e o resultado é um sequência tocante sobre a condição humana em todas as suas formas.

Um dos entrevistados contou que foi visitar o vô após o falecimento da vó e este contou que tinha ido ao mercado e pediu ajuda porque sua esposa havia se mudado para o céu e ele não sabia fazer compras sozinho. O neto então riu e disse:

- Você sempre me faz ver o copo meio cheio vovô! E o vô respondeu:

- É que o copo é muito bonito!

Viver é bom, temos uma visão limitada do mundo, o próprio umbigo é o que importa, nem percebo se alguém passa fome, deixo a comida estragando na geladeira ou como demais quando deveria ser moderada. Corro para dar conta da agenda, canso e não chego onde deveria porque não sei dizer que preciso de ajuda, não sei ser outra coisa além da Mulher da Maravilha que me ensinaram a ser. Finalmente cheguei àquela altura da vida que posso olhar para meus pais e agradecer pela educação que recebi.

Se por um lado muito me foi ensinado certo, por outro aprendi como não deve ser feito, ou seja, todo esforço foi válido, sou o resultado daquele meio, dos costumes, da forma como lidavam com o mundo. Não adianta olhar para isso tudo e dizer que foi ruim, posso ter recebido algo ruim, mas decidi ficar ou não com o que recebi. Uma pessoa adulta e mentalmente saudável é responsável por suas escolhas sejam elas quais forem. Não é gente feliz que é grata, é gente grata que é feliz.

O que isso tem a ver com diversidade e inclusão?

Bom, somos seres únicos e cheios de histórias, cada um é um universo, ingrediente da mesma receita. Para viver melhor precisamos descobrir nosso próprio potencial, despertar o melhor dos outros e trabalhar juntos numa deliciosa mistura de sabores. Diversidade é um fato, inclusão, necessidade.

Autoria: Victória Valiente

Publicado em 12/12/2016

Postado em 19/12/2016


Com a palavra os internautas:

Imagine-se chegando a uma nova comunidade, você cheio de certezas, mas naquela comunidade os seus pensamentos não convergem com os deles. O que acontece? Você carece de inclusão.

Pode haver uma diversidade de opiniões, mas há também uma forte necessidade de inclusão.

Pensa nisso!

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