A escritora
Victória Valiente, nos permite reproduzir ou republicar seus
textos semanalmente publicados no jornal A Gazeta do Iguaçu. Em 19/12/2016 o
artigo teve o título: Quem sabe?
Nunca entendi esta loucura de dezembro, mal o mês vira e tudo se converte em
festa, é caixinha para os manobristas no estacionamento, cartão de Natal dos
lixeiros, amigo secreto das amigas de malhação, almoço do escritório de
contabilidade, jantar das primas, lanchinho das tias, presente de grego,
panetone recheado, tudo acaba em pizza, hamburger, pastel e a dieta que
deveria ter começado, nem saiu do projeto e tem que esperar porque ninguém
emagrece neste mês, dezembro é o mês de engorda. O ano termina como se o
mundo fosse acabar dia 31 e antes que isso aconteça precisamos celebrar.
Há tempos não me ligo em presentes, de verdade, claro que amo surpresa,
ganhar presente é bom demais, mas sabe, mudei. Amo festas, amo receber
pessoas, arrumar a mesa, perfumar a casa, abrir as portas. Amo a hora em que
chegam as visitas, começamos a conversar, falar de trivialidades, do tempo,
da correria, depois vamos ficando mais à vontade e quando vemos já estamos
todos falando ao mesmo tempo, rindo. Não tem preço. Nesta hora não importa o
preço do feijão, os novos prazos para aposentadoria, não importa quem trouxe
o melhor presente, nem se houve presente. Não importa a roupa que estamos
vestindo, nem o cabelo arrumado. Batom então, maquiagem, jóias, para que?
Você vai dizer que vi passarinho verde, que estou sonhando, que isso é mais
uma daquelas balelas de final de ano, mas não. É o espírito do Natal,
é o que vamos celebrar. Jesus poderia ter vindo adulto pronto para
fazer e acontecer, mas não. Veio um bebê.
Quando eu era pequena tínhamos o costume de encenar o nascimento, [de
Jesus]. Era tão singelo juntar as pessoas para lembrar porque estávamos
celebrando.
Uma amiga passou o fim de ano na Turquia, o namorado queria assistir uma
missa no Natal, não encontraram sinais de que alguém estaria celebrando, não
encontraram uma igreja sequer. Pensei que não precisamos de igrejas.
Jesus veio numa manjedoura, cresceu como crescem todas
as crianças e depois de 30 anos foi batizado, recebeu o Espírito Santo fez
maravilhas e deu sua vida por nós, foi crucificado, morto e sepultado, mas
ressuscitou ao terceiro dia e vivo está, aleluia! E porque Ele vive podemos
crer no amanhã, não importam as circunstâncias.
Você pode estar sozinho em algum lugar, sua mesa pode não ter todo aquele
glamour, talvez não haja presentes, nem parentes por perto, mas lembre-se
que não é isso que celebramos. A festa não é a festa, a festa é celebrar o
nascimento, crendo ou não, aconteceu, é real, e não depende da sua crença.
Há quem odeie esta época do ano, há quem esteja sozinho, sem dinheiro, há
quem esbanje, gaste fortunas em coisas, coisas que serão substituídas em
alguns meses, coisas que irão pelo ralo no dia seguinte, coisas que estragam
com o tempo, coisas que podem ser roubadas, quebradas, trocadas, coisas ...
Coisas não merecem celebração, coisas nos alegram por
um tempo depois nos dão vontade de outras coisas. Abrace o que não se pode
comprar, celebre com o que tem, com quem está ao seu lado, pare de pensar
que estaria feliz em outro lugar, você está no lugar certo, no lugar que
você escolheu, celebre suas escolhas ou faça
desta data um marco para novas escolhas e um coração cheio de gratidão
porque se ninguém sabe o que você está passando, te digo uma coisa: Ele
sabe!
Autoria:
Victória Valiente
Publicado em 19/10/2016
Postado em 19/10/2016
Com a palavra os internautas:
Imagina-te perdendo a casa, motivada por um
deslizamento de uma encosta vizinha;
Imagina-te perdendo o carro da família num assalto;
Imagina-te perdendo o encanto pela pessoa que sempre
amaste e que pensaste que te amava; ou
Imagina-te perdendo a fé em Jesus, que veio como
Menino, mas que voltará como Juiz!
Alguém poderá ajudar-te a conseguir uma nova casa;
Alguém poderá ajudar-te a conseguir um novo carro;
Alguém poderá aparecer para ser teu verdadeiro amor;
mas
Ninguém poderá te propiciar o acesso ao céu, se tu
preferires o inferno!
Se estás numa encruzilhada da vida, sem saber para onde
ir, Ele sabe!
Diz uma canção:
Eis a voz de Jesus, chama: Vem! Pecador oprimido e sem
paz, aceita esse amor sem desdém! Ao Salvador vem! Ao Salvador vem!
Pensa nisso!
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construtiva, envia-a! Segue
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