Mensagem Nº 07 -
Edição Nº 36
A grande maioria de empregados tem assegurado,
em convenção coletiva, o direito ao vale quinzenal, como antecipação do
salário do mês. O salário é definido no ato da contratação e por aí o
empregador pode basear o limite, em valor, para efetuar o adiantamento. É
bem verdade que no caso de um taxista, ele sabe o percurso que terá pela
frente a cada embarque de passageiros, mas é no fim da corrida que dará o
preço final e receberá o valor que o taxímetro apresentar. Já há cidades,
lugares, em que, antes de embarcar, o passageiro adquire um “vale-táxi” em
uma cabine, um balcão, existente para esse fim, definindo exatamente o ponto
final. Por segurança o motorista não trafega com dinheiro. Onde não é assim,
cada motorista faz seu “caixa”, seu troco, a corrida, deixa o passageiro no
local desejado e retorna para o Ponto para realizar outra corrida, sem saber
em que direção será.
Para dar melhor orientação, melhor direção,
aos estudantes e de forma inusitada, talvez, para Foz do Iguaçu, no Salão do
Livro realizado de 04 a 14 de agosto, os alunos da rede pública municipal,
crianças dos centros de educação infantil e ensino fundamental, ganharam um
vale para retirar o livro de sua escolha dentre uma infinidade de títulos
disponibilizados no Salão do Livro. A cidade está mudando, por mais que os
céticos demorem em permitir que ‘a ficha caia’.
Se os registros acusaram mais de 40.000
visitas ao Salão do Livro, é sinal de que atrativos houve. Para quem tem
acompanhado o empenho da Fundação Cultural para a realização de edições
anteriores, quantas vezes a chuva e a ventania assustavam expositores,
organizadores, participantes, desta vez até parece que Deus viu que o
propósito, tem sido de elevado conceito e permitiu que a data fosse
alterada, que o Dia do Estudante fosse contemplado, que não houvesse chuva
nos dias de feira, que não houvesse falha de algum ilustre convidado, e
muito mais.
Com tanta festa em torno da literatura, surgiu
a pergunta: “Se cada cidadão alfabetizado ganhasse um vale-bíblia,
acorreriam tantas pessoas quantas fossem esperadas pela inúmeras
denominações religiosas que patrocinassem um Salão da Bíblia?” Sem
desmerecer as religiões não-cristãs, sem desrespeitar seu livro-maior, a
pergunta ficaria sem resposta por muito tempo. Poderíamos contabilizar o
afluxo de pessoas em busca de uma bíblia, além de poderem conhecer a
literatura exposta? Fica o desafio!
Edvino Borkenhagen – bsc@borkenhagen.net
Contador iguaçuense com 28 anos de experiência
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