Mensagem Nº 09 -
Edição Nº 38
Quando Foz do Iguaçu viveu seus dias de Salão
do Livro, pudemos ver livros e mais livros, pessoas e mais pessoas,
escritores e mais escritores, atores e mais atores, e o que é óbvio, a
imprensa. Sem ela nenhum acontecimento ganharia repercussão, pois precisa de
vitrine. Quem não foi, nem tem argumentos para falar bem, falar dos acertos
dos organizadores, ou de alguma oportunidade de melhoria.
Quando num fim de semana a televisão apresenta
um programa em que são anunciados veículos usados postos à venda, podemos
ver veículos das mais variadas marcas e dos mais variados anos de
fabricação, alguns bem conservados e outros menos zelados, com preços
atrativos, ou nem tanto.
Quando num grande centro ocorre o Salão do
Automóvel, vemos veículos nacionais e do exterior, sendo apresentados ao
público. Por alguns, os interessados precisarão aguardar por 2 ou mais anos.
Todos, entretanto, podem deixar o público visitante com água na boca.
Tendência é o que vai se notar.
Quando vamos a uma feira de calçados e
confecções, o que podemos ver é a exposição de calçados das mais variadas
marcas, apontando para a tendência, não para daqui a 2 ou 3 anos, mas a
próxima estação. Igualmente com relação às confecções poderemos ver desfiles
de moda, mostrando também as tendências. Cada designer defendendo à sua
maneira qual é a tendência que ele dita, tentando convencer o público
visitante.
Na Feira de Negócios que a ACIFI realizou
recentemente, pudemos ver expositores com as mais diversas propostas, do
comércio, de serviços, de educação, de mídia, de cooperativa de crédito,
sim, segmentos que acreditaram na proposta dos organizadores do evento. Ah,
as palestras, o entretenimento e o lado social também foram pautados. O
público que prestigiou é a prova do sucesso da iniciativa.
Quando vamos a um evento realizado, em
conjunto, por diversas denominações religiosas, podemos ver pregadores mais
e menos eloquentes tentando convencer o público, de que a sua mensagem é a
mais correta, é a mais fidedigna com relação ao livro sagrado que dizem
seguir. Ah, mas não se encontra um evento desse tipo! Por quê? Seria porque
cada ‘igreja’, cada ‘missão’ quer “puxar o assado para o seu braseiro”? Mas
a fonte doutrinária não é a mesma para todas, no caso das religiões cristãs?
Mas e onde fica a tolerância religiosa? Por que é possível ouvir-se
pregadores, em suas ‘igrejas’, em seus templos, esbravejando contra esta ou
aquela doutrina? Por que não optam por apresentar a sua própria doutrina aos
seus fiéis, para criar mais certeza entre eles?
Se tivéssemos uma Feira Ecumênica expondo
literatura, CD’s, DVD’s, tendo apresentação de grupos de canto coral,
bandas, poderíamos ver comportamentos mais polidos, ou não, assim como
material para os mais diversos gostos. Você pensa que isso seria utopia? Por
quê? Não estarias disposto/a a colaborar com teus dons e talentos para que
uma feira desse gênero fosse realizada? É uma questão para os líderes,
claro. O que importa é que seja criada uma comissão multidenominacional, e
esta estime os custos, faça os contatos, e organize o evento. Se somos a
cidade-lar para gente de mais de 70 etnias, culturas e crenças diferentes,
deve ser fácil organizar uma feira ecumênica. Acreditas? Já pensou:
Cristianismo, Islamismo, Judaísmo, Budismo e Umbanda, sem exageros, num
mesmo local, por 2 dias?!
Edvino Borkenhagen – bsc@borkenhagen.net
Contador iguaçuense com 28 anos de experiência
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