Mensagem Nº 11 -
Edição Nº 40
Primeiro precisamos pensar um pouco sobre os
vocábulos “morte” e “felicidade”. A morte é, antes de tudo, um fenômeno
bio-fisiológico que, portanto, afeta todos os seres vivos corpóreos, e
consiste na cessação da vida. Esta cessação manifesta-se pela extinção das
atividades vitais: crescimento, assimilação e reprodução no domínio
vegetativo; consciência e apetite sensoriais, juntamente com o movimento
destes resultante, no domínio sensitivo. Felicidade, em geral, é um estado
de satisfação devido à própria situação do mundo. Por esta relação com a
situação do mundo, a noção de felicidade difere da de beatitude a qual é o
ideal de uma satisfação independente da relação do homem com o mundo e por
isso limitada à esfera contemplativa ou religiosa. O conceito de felicidade
é humano e mundano.
Com todo o respeito a quem prega sermos meros
portadores da alma (ou do espírito) que já passou por outras vidas que
tiveram seu fim antes de nós, convém-nos, se tratarmos o assunto como
cristãos, e considerarmos que Deus CRIOU Adão e Eva, e que todos são
descentes daquele casal, aguçar a mente em busca de resposta ao título.
Uma criança nasce, e é criada num lar que ela
não escolheu, é ensinada numa doutrina que ela não escolheu, cresce no
contato com outras crianças, outros adolescentes, outros jovens, outros
adultos que nasceram em lares diferentes, que tiveram instrução religiosa
diferente, que tiveram orientação para a vida, também diferente, como poderá
ter os mesmos sentimentos que os demais?
Se em algumas religiões é ensinado que o
batismo deve ser administrado preferencialmente às crianças, e em outras
religiões é entendido que o batismo se aplica a adultos, temos significados
diferentes para um mesmo ato, ou para a validade de um mesmo ato.
O que é felicidade para um pode não ser para
outro, pois o sentimento varia de pessoa para pessoa. Agora morte é morte!
Se você pisar numa formiga, que é um ser vivo, e a esmagar, não há como
dizer que não morreu.
Agora, analise uma pessoa que sempre ‘andou
nos trilhos’, não teve uma repreensão policial na vida, ajudou o semelhante
tanto quanto lhe foi possível, sofreu um infarto aos 80 anos, sem ter
convivido com doença em seus dias finais, pode-se dizer que é um morto
feliz?
Assim como algumas denominações religiosas não
passam de sociedades de pessoas com um objetivo comum, que procuram
administrar essa atividade pelos seus princípios, também sociedades
empresariais são administradas por pessoas e que, se bem administradas
poderão ter o balanço anual demonstrando lucro.
As igrejas fazem seu balanço de fieis, os
líderes se empenham em conquistar sempre mais fieis. Por quê? Porque cada
qual quer mostrar que a fé que ele professa é a que está correta. Quanto
mais fieis, mais lucro a igreja apresenta, via de regra.
Então um negócio legal é ensinar o que é
correto e prosperar, e no âmbito mercantil, entregar bom produto, ou bom
serviço, a bom preço e prosperar, ter lucros. Que o lucro não seja motivo de
infelicidade! Que a morte não seja motivo de tristeza! Que Finados seja
oportunidade para reflexão sobre o sentido da vida!
Edvino Borkenhagen – bsc@borkenhagen.net
Contador iguaçuense com 28 anos de experiência
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