O sangue passa pelo computador?
No primeiro momento pode parecer que depende do computador para o sangue chegar ao paciente.
O Brasil tem tido muitas conquistas na saúde, mas nem todas são do conhecimento do cidadão, talvez porque muitos prefiram assistir uma novela ou filme, a assistir um telejornal; talvez, também porque os meios de imprensa não noticiam o que promova ou dê reconhecimento ao Governo.
As 13 unidades (agências) transfusionais do Distrito Federal, que compõem a Hemorrede Pública, localizadas nos hospitais da rede pública, e que juntas realizam cerca de 5 mil transfusões por mês, foram informatizadas, graças à doação de 50 microcomputadores, pelo TST - Tribunal Superior do Trabalho, o que propicia ao DF ser a primeira unidade da Federação a informatizar 100% a sua hemorrede.
A Hemorrede, coordenada pela Fundação Hemocentro, através destas 13 unidades faz testes pré-transfusionais, a transfusão e o acompanhamento pós-transfusional. Com a informatização, todos os procedimentos terão mais agilidade, além de melhorar o gerenciamento da rede.
Durante 4 anos equipes se revezavam nas informações e no fornecimento das necessidades para que ocorresse o desenvolvimento do sistema. A entrega dos equipamentos, no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), propiciou o lançamento da informatização da Hemorrede.
Agora, com os computadores doados pelo TST, disse a diretora "implantamos o sistema de código de barras, ampliando a segurança e evitando riscos de erros humanos. Antes, a anotação da recepção do sangue nos hospitais era feita à mão". Acrescentou: "emoção e gratidão" é o que fica registrado.
Por parte do presidente do TST é importante a parceria que permitiu o reaproveitamento de equipamentos sem uso na sua instituição de origem para serviços importantes da comunidade. "O Tribunal tem o dever, como instituição republicana, de auxiliar a sociedade sempre que possível", finalizou.
Na foto: A diretora do Hemocentro, Beatriz Mac Dowell Soares, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Barros Levenhagen, e o secretário interino de Saúde do DF, José Bonifácio Carreira Alvim