UMA SOCIEDADE AUTOFÁGICA?

Assim definiu, Ayn Rand:

“Quando perceberes que, para produzir, precisas obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovares que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceberes que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de ti; quando perceberes que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderás afirmar, sem temor de errar, que tua sociedade está condenada!”.

Uma sociedade é composta pelas pessoas que a integram. Se estas pessoas permitem que alguém sem talento, sem vergonha, sem escrúpulos é elevado a um cargo que represente essas pessoas, então essa sociedade, infelizmente, está composta por pessoas sem dignidade, sem amor próprio.

Não adianta culpar pessoas públicas por desmandos; não adianta dar patada de gato e esconder as unhas, mas é preciso ser coerente, vibrar com cada fato positivo e, por outro lado, ajudar a corrigir o que esteja equivocado.

Conheça o candidato, antes de votar!

Padrinho para batismo, para casamento? Não! Um padrinho para o emprego em que estás ingressando.

Na Missão Nacional do Prêmio MPE Brasil, a Visionsystem, de Chapecó-SC, apresentou como boa prática a instituição do padrinho para todo novo empregado. É alguém de outra área, que se dispõe a ensinar ao novato:

- Como me comporto quando chego?

- Como uso o computador no trabalho?

- Como me comporto ao sair?

Pois é, o padrinho lê o Código de Ética, junto com o novo empregado, lhe explica o organograma, e faz uma avaliação ao final do contrato de experiência.

Essa avaliação vai para a pasta do empregado, fazer parte do seu histórico.

Avaliações periódicas podem ser realizadas e seu resultado, igualmente, irá para a pasta.

Todos os apontamentos serão postos na balança na hora de promover alguém, ou mesmo no eventual caso de pedido de aumento de salário.

Essa prática pode ser copiada!

Pelos idos de 1981, em Foz do Iguaçu, aportaram o Sr.Irapoan e a Dona Vera. Ele da área de engenharia, foi trabalhar na Itaipu Binacional, enquanto que ela, pedagoga, com mestrado e boa experiência administrativa, não conseguiu colocação no meio comercial iguaçuense. Mas por que? Ora, porque ela era culta demais. Não havia estrutura que a pudesse absorver dado à gama de conhecimento que ela detinha.

Foi daí que eles abriram uma LAVANDERIA. A pedagoga foi gerenciar sua lavanderia. Dava-se bem com a atividade, mas o marido sempre queria dar um pitaco nas atividades da firma, como se dizia.

Certo dia a Dona Vera não aguentou e tascou essa pro marido: “O, Irapoan! Um pé lá, e um pé cá, não dá! Ou bem você fica na Itaipu, ou bem você se desliga de lá e vem pra cá!”.

Conviver com esse casal foi maravilhoso. A ZIP LIMP foi uma das 5 clientes com as quais a BORKENHAGEN iniciou as atividades em 1983.
Isso lembra artigo de Pablo de Paula, em que escreve: “Ser inteligente em uma sociedade pouco instruída é como receber uma estrela de xerife no velho oeste bem no dia em que o bandido mais perigoso do local adentrou a cidade. Em outras palavras: as pessoas não querem saber o raio de conhecimento que você possui. Elas estão interessadas em si mesmas e em mais nada.”

Constata à tua volta que: os intelectuais são sempre perseguidos, enquanto os demais são abraçados.

Quando perceberes que há pessoas que falam pelas tuas costas, dá-te conta de que estás pelo menos dois passos à frente.

Quem ouve fofocas a seu respeito, deve fechar os ouvidos, para não se desconcentrar, mostrar seus valores, preservar sua conduta, assim minimizando o agressor.

Cuida das palavras que pronuncias para que não sejam mal interpretadas ou deturpado o significado delas!

Compliance? Significa aderência à norma. E daí? Não ajudou muito não é?!

Se a nossa contabilidade está feita dentro do que estabelece a legislação, podemos dizer que “atende à norma”.

Se numa fábrica uma peça é fabricada nas medidas definidas em um desenho ou norma, dizemos que “atende à norma”.

Se um empreendimento obedece às melhores práticas de regulamentação, governança corporativa, princípios contábeis, de controladoria, ou normativos do setor em que atua, dizemos que “atende à norma”, ou que tem Compliance.

Compliance pressupõe a existência de uma norma ou regulamento.

Na BORKENHAGEN, por exemplo, para alcançarmos a certificação ISO, foi redigido, avaliado, definido e implementado o Manual da Garantia, bem como o Manual de Procedimentos, onde todos os procedimentos estão detalhados. Tudo o que se faz está escrito, atribuindo responsabilidades, definindo quem faz o que, onde registra, quem avalia o que outro fez, por quanto tempo guarda, o que faz quando decorreu o tempo de preservação, e assim por diante.

Anualmente temos a auditoria da ABNT, ocasião em que a compliance é avaliada, ou seja se estamos atendendo às normas. Se algo irregular for detectado é lavrada uma não-conformidade, a qual tem a força de uma “notificação”.

Recebe-se um prazo para regularizar o que esteja em desacordo para preservar o direito da divulgação da certificação.

Para haver compliance, deve haver segregação de funções, ou seja: quem elabora um projeto não pode ser a mesma pessoa a fiscalizá-lo; quem cria uma norma interna não pode nomear a si próprio como fiscalizador dessa norma.

Ter controle interno muitos empreendimentos têm, mas se não sabem para que servem, é como não tê-los.