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O volume de água encanta, e destrói

Quando a água falta, reclamamos; quando enche, enche!

 

Ainda que a água faça estragos na lavoura, estragos nas encostas, estrago nas estradas, é incrível o volume de água que um rio pode suportar.

No Brasil tem chovido em diversas regiões desde a virada do outono para o inverno. O volume de chuvas nas cabeceiras dos rios Iguaçu e Paraná e de seus afluentes, cria, na Região Trinacional do Iguassu um, não só um, mas dois belíssimos cenários. Vazão: Cataratas em 22/06, e Itaipu em 24/06.

 

Pelas Cataratas, até 11.800 m³/s

Foto: Alexandre Marchetti

Pelo vertedouro passaram 8.659 m³/s

Foto: Caio Coronel

 

No dia 24 de junho, o dia das fogueiras, Dia de São João, a vazão dos rios Iguaçu e Paraná mais parecia dia de Enchente de São Miguel. Quem não conhece, pode estranhar. Leia mais no H2Foz.

Postado em 28/06/2013


Enchente de São Miguel?

 

Os registros de grandes chuvas e enchentes nos finais do mês de setembro são antigos em todo o Sul do Brasil e em paises do Prata. Chamado popularmente de "Enchente de São Miguel", o fenômeno é conhecido desde o século XVIII, e tem esse nome em alusão ao dia 29 de setembro, consagrado pela igreja católica como sendo o dia daquele arcanjo. Mitológica pelo poder de destruição a ela atribuída e associada à imagem daquele santo, a "Enchente de São Miguel" pode ter inicio no equinócio da primavera, estendendo-se até o final do mês.

Um registro de 2009, do Tainha na Rede

 

Uma crônica pra matar a curiosidade

Depois de muitos anos, finalmente veio a enchente de São Miguel, com a exuberância de outros tempos. Em quatro dias, foram 400 milímetros de chuva, o que significa 400 litros de água por metro quadrado.

As mudanças climáticas são perceptíveis até com a enchente de São Miguel. Acontece que os córregos, os riachos e os rios foram assoreados, e as águas ficam cada vez mais barrentas e violentas.

Venho de um tempo em que as águas eram límpidas, cristalinas, em que você podia tomar água com a palma da mão, tal era a pureza do líquido. Agora não. Quando a água desce do céu e se espraia pelo solo, ela já corre levando sedimentos impuros.

Enchente de São Miguel significava o final de inverno e a passagem para a estação das flores e, sem sombra de dúvida, é a mais bela do ano.

Nas casas antigas de madeira, na entrada da primavera era tempo de colocar os “pissóto” (colchões das crianças) e as cobertas que ficavam reclusas todo inverno sem apanhar sol para se desinfetarem. Nos dias de sol inclemente do início da primavera, os raios solares faziam o papel de desinfetante, e todas as pragas e pestes se atribuíam que iam embora.

Entrada da primavera, as tosses, os resfriados ganhavam folga. Quem passava pelo inverno implacável chegava na primavera renovado e, para os mais velhos, pelichado e remoçado.

Na Itália, os nossos antepassados tomavam dois banhos por ano: na entrada no inverno e no começo do verão. Vindos aqui à nossa região eles não mudaram muito esse costume, mas como estavam num território de clima semi-temperado, que fazia mais calor que na Itália, o número de dois banhos anuais passou para quatro. Um para cada estação do ano.

Nos anos 60, 70 do século passado, esse número passou para um banho mensal. Os mais jovens, em tempo de namoro, faziam uma faxina em seus corpos nos sábados à tarde. Os guris valentes levavam o sabão feito com os restos mortais dos porcos adicionados de palha de milho e soda cáustica, e o tal de breu, que não sei qual papel representava no composto sólido. Só sei que ele ardia as vistas e, quando passado no corpo, parecia uma lixa.

As moças tomavam banho também aos sábados, só que numa bacia de alumínio ou de madeira, escondidas no quarto. Mas não era banho frio. Adicionavam para as partes de água quente. O sabão era o mesmo.

Quando não dava enchente de São Miguel, os mais antigos diziam que o tempo até o final no ano sofreria profundas modificações, como geadas fora de época e secas. Guardo com saudade as nossas caminhadas de pés descalços nas águas cristalinas dos córregos, riachos e banhados.

Tempo de retirar, limpar a sola encardida dos pés após meses e meses de ronha acumulada.

Infelizmente, nos tempos atuais, quem sofre com as inundações são as populações pobres que moram nas imediações dos rios. Eles ocuparam o espaço natural que era das águas, e, quando chove um pouco fora do normal, como sempre perdem tudo. Resignados e acomodados acham isso normal.

Publicado por Diogo Guerra, no Jornal Contexto. Adicionado em 05/07/2013

 

As enchentes de São Miguel em Porto Alegre

 

Grandes inundações e enchentes marcaram a cidade de Porto Alegre ao longo da história.

A primeira documentada em registros históricos é de 1823, quando as inundações destruíram grande parte das plantações da cidade.

Setembro é, historicamente, um mês marcado por intensas precipitações no Rio Grande do Sul a ponto de no vocabulário popular ter sido criada a expressão "Enchente de São Miguel", em alusão ao dia 29 de setembro que marca este arcanjo.

As enchentes na área urbana principal da cidade foram registradas pela última vez na década de sessenta. Após a grande inundação de 1941 foram adotadas diversas medidas de contenção contra cheias que tornaram as enchentes menos freqüentes na cidade, mas não impediram as inundações de 1965 e 1967. O maior volume de chuva em 24 horas no mês de setembro em Porto Alegre na série histórica 1961-1990 deu-se justamente em 1967 com 95 milímetros no dia 19. Nestes últimos quarenta anos as enchentes em Porto Alegre têm se limitado às ilhas, o que pode novamente ocorrer agora nos próximos dias. Mas a cidade sofreu gravemente com inundações ao longo da história no mês de setembro. Em 1833, por exemplo, relatos históricos da época descrevem uma inundação de grandes proporções com as águas atingindo a Rua Marechal Floriano. Em 1847, uma outra enchente, também em setembro, castigaria a cidade. Uma grande imundação voltaria a castigar Porto Alegre em 1873 devido às intensas precipitações ocorridas no final de setembro e começo de outubro na Bacia do Jacuí. A Rua dos Andradas e o Caminho Novo (Voluntários da Pátria) ficaram debaixo d’água. O serviço de bondes foi interrompido em inúmeros pontos. Foi uma das maiores inundações na capital gaúcha de todo o século XIX com o Guaíba 3,5 metros além da cota.

Veio então 1926. A maior "Enchente de São Miguel" de Porto Alegre no século XX. A cheia atingiu grandes proporções. Algumas ruas do Centro e do Menino Deus ficaram cobertas de água e era possível andar de barco. Entre 13 de setembro e 3 de outubro daquele ano choveu 317,7 milímetros em Porto Alegre, observando-se chuva em 16 dias.

Em setembro de 1928, o Guaíba chegou a ficar 3,20 metros além da cota, novamente produzindo-se uma cheia. Mas nenhum dos episódios seguintes no século XX durante o mês de setembro superou em gravidade o que ocorreu em 1926, quando grande parte da cidade ficou submersa. (Pesquisa: Alexandre Amaral de Aguiar/MetSul Meteorologia)

Veja também fotos históricas publicadas no síto Metro Clima, da Prefeitura de Porto Alegre.

Adicionado em 05/07/2013

 

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