Consumidores testam botijão de gás feito de fibra de vidro
Produto é inédito no Brasil
e foi trazido ao país pela Liquigás Distribuidora, subsidiária da Petrobras
Cerca de 12 mil consumidores das regiões
metropolitanas do Rio de Janeiro, de São Paulo e Porto Alegre estão testando
novas embalagens de botijões de gás liquefeito de petróleo (GLP) feitas de
fibra de vidro termoplástico e polietileno de alta densidade, mais leves que
as
tradicionais
embalagens de aço. O produto é inédito no Brasil e foi trazido ao país pela
Liquigás Distribuidora, subsidiária da Petrobrás. Os testes começaram a ser
feitos em fevereiro.
De acordo com o diretor de GLP Envasado da
Liquigás, Paolo Ditta, a nova embalagem, batizada
pela empresa de LEV, é uma inovação no
mercado brasileiro. O novo botijão já é sucesso nos mercados americano,
europeu e asiático. Ele se destina, principalmente, ao consumidor
residencial "e também a consumidores específicos, para os quais o peso, o
material e as dimensões do vasilhame fazem diferença, como os usuários de
trailers e embarcações".
Segundo Ditta, o produto é sustentável já que
a cobertura rígida é confeccionada com material reciclável. Os botijões LEV
foram importados da empresa Amtrol Alfa, maior fabricante
de botijões do mundo, que responde pelo desenvolvimento e fabricação do
produto em Portugal. O projeto está sendo conduzido no Brasil em
parceria da Liquigás com a Amtrol Alfa e a Braskem.
A Liquigás informou que, após a avaliação dos
resultados dos testes, será elaborado um relatório sobre a viabilidade da
comercialização e a instalação de uma fábrica para produção das embalagens
de fibra de vidro no país. A empresa informou também, por meio de sua
assessoria, que a certificação do produto é dada pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Além disso, segundo a subsidiária da
Petrobrás, os resultados dos testes serão encaminhados à Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que regula o mercado de GLP
quanto à armazenagem e distribuição. A avaliação da nova embalagem, porém,
será feita pelos próprios consumidores, que irão constatar ou não a
eficiência do novo botijão de fibra de vidro termoplástico.
Se aprovado pelos consumidores, o novo botijão
poderá ser comercializado em todo o país. Sua adoção, entretanto, não será
obrigatória pelas distribuidoras de GLP. O presidente do Sindicato Nacional
das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello,
disse à Agência Brasil que, desde que foram introduzidos no país, há 75
anos, os botijões de aço vêm experimentando inovações contínuas, mudando
inclusive de tamanho e volume.
Ele acredita que a adoção maciça do
botijão de fibra de vidro vai depender muito mais do mercado.
Mello disse não ver problema em relação aos botijões de aço, "que são muito
seguros e amplamente utilizados no mercado mundial". Para ele, a nova
embalagem não substituirá o velho botijão de aço porque eles foram
desenvolvidos "de forma tão eficiente, que são retornáveis e recicláveis ao
final de sua vida útil". As vantagens apontadas por Mello em relação
ao botijão de fibra de vidro são a leveza e o fato de não enferrujarem,
sujando o chão.
Fonte:
Consumidor RS - 06/09/2012
Autor: Agência Brasil
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte
|