O que é ser Lavrador?
O que faz um Lavrador?
Pois é!
Quem nasceu na área urbana, cresceu na área urbana,
nunca visitou uma chácara, um sítio, pode não saber
como é a lida do homem do campo, da lavoura.
Já, a
pessoa que tem origem do meio rural, sabe da rudeza
do trabalho do colono que anda atrás de um arado.
O
arado mostrado à esquerda já é bem moderninho, e é
reversível, isto é: escamoteia para o lado que se
quer tombar a terra a ser lavrada.
O arado
chato, plano, muito utilizado antigamente, 'rasgava'
o solo, abrindo sulcos, vergas, revolvendo a terra,
sem tanto efeito de incorporar a massa verde que
crescia sobre a terra.
Clique nas figuras e
veja-as em tamanho maior.
Pelas
imagens entende-se que o arado era (é) puxado, em
geral, por uma junta de bois, ou por uma parelha de
cavalos, mas a força não é a mesma, o arado pode não
ser do mesmo tamanho, resultando em vergas, sulcos,
menores. A terra é afofada, rasgada e tombada, para
incorporar massa verde, ou esterco. O arado
reversível, portanto faz melhor o serviço de tombar
a terra enquanto que o arado plano afofa a terra.
A
comunicação do lavrador:
No Rio
Grande, lá pelos anos 60, eram conhecidos os
comandos para bois ou cavalos:
Hoit
(pronúncia-se hôit) - para que os animais fossem à
direita;
Haar
(pronuncia-se háár) - para que os animais fossem à
esquerda;
Verga -
para que o animal que estivesse na verga (sulco já
aberto na volta anterior, se mantivesse nela.
Vastra
- para que os animais retrocedessem (viesse de ré).
Dentre
os imigrantes alemães os comandos para
esquerda ou direita eram:
Hii -
para a esquerda
Hoit -
para a direita
Quando
se dizia Hi Hoit, era para seguirem em frente (como
engatar a marcha e acelerar)
Zurück
(pronuncia-se tsuríc) - para que os animais
retrocedessem.
É
curioso? Claro que é! Nunca é tarde para saber mais,
como também para poder enviar mais alguma
contribuição para enriquecer o resgate.
Publicado em 22/06 /2015
Complementado em 26/06/2015 |