A
cada
19 de abril celebramos,
com indisfarçável orgulho, o
Dia do Exército. Quem se
debruçar sobre a história do Brasil verá um povo cheio de esperança, desde o
descobrimento, lutando para ser capaz de escolher seu próprio destino.
Verá, também, nas lutas contra o invasor,
nos Montes Guararapes, em 1648, o surgimento do Exército Brasileiro,
fundindo-se com o sopro inspirador do sentimento de pátria, que se eternizou
nos nossos valores.
E verá, ainda, esse mesmo Exército, em
permanente evolução, participando ativamente da formação da nacionalidade
brasileira, ajudando a sociedade à qual pertence e com quem mantém pacto
indissolúvel a conquistar seus sonhos; lutando com ela, sofrendo com ela,
vencendo com ela.
Aí estão as lutas pela
manutenção da unidade nacional,
pelo estabelecimento de fronteiras definitivas, pela independência, pela
República e pela preservação da integridade territorial e da
paz com os vizinhos.
Hoje, vivemos um momento singular dessa
nossa história.
É dada a esta geração a oportunidade,
mais que isso: o dever de cruzar a ponte que nos separou do futuro, deixando
para trás, de forma definitiva e irreversível, o sonho de ser potência
emergente para alinhar-se entre os principais atores globais, credor de
respeito internacional, possuidor de voz ativa em foros mundiais e detentor
de responsabilidades que ultrapassam nossas fronteiras.
Isso impõe, entre tantas outras
urgências, a necessidade de um escudo para o nosso desenvolvimento; um
aparato de dissuasão e defesa que dê visível musculatura à estatura do
Brasil.
Isso impõe, para a Força Terrestre, que
se queimem etapas, para, de um salto ousado, se chegar à sua transformação,
como já propõe a Estratégia Nacional de Defesa.
Nesse processo de transformação, que já
vem ocorrendo, o Exército manterá a clareza de suas ações compartilhada com
toda a sociedade para que haja engajamento, acompanhamento e comprometimento
de todos.
Essa transformação estará dentro do
contexto de mudanças por que passa o mundo inteiro.
Fatos recentes ocorridos “na aldeia
global” apontam para a necessidade de um exército dissuasor, mas também com
múltiplas capacidades para enfrentar ameaças assimétricas e atender demandas
de outras naturezas como tragédias ambientais; ocupação de áreas dominadas
pelo crime organizado; segurança de grandes eventos; manutenção da posse de
riquezas naturais; vigilância efetiva das nossas fronteiras e apoio ao
desenvolvimento nacional.
Nesse contexto, como ator principal, está
o nosso soldado, vossos filhos e filhas, abnegado, disciplinado e crente nos
valores e deveres que condicionam nossa vocação profissional; crente na
missão que a nação nos confia; crente na submissão da própria vida à
necessidade de defesa da pátria.
Povo Brasileiro, orgulhe-se de seu Exército
genuinamente nacional, comprometido com os valores democráticos e em
permanente estado de prontidão para defender nosso solo e nossa gente;
ajudar na defesa civil; proteger nossas fronteiras; dissuadir intenções
hostis, intimidações e ameaças; e respaldar decisões soberanas de um povo
que, livremente, já escolheu seu destino!
General-de-Exército
ENZO MARTINS PERI
Comandante do Exército
Espaço cedido
pela
Borkenhagen, pelo respeito à instituição militar
Se você prestou o Serviço Militar, no
Exército, na Marinha ou na Aeronáutica, sabe avaliar a efeméride.
Se você não teve o privilégio, converse
com quem foi militar, ou com quem vive na caserna.
O Exército Brasileiro é uma instituição
ainda sem mácula, e é assim que a devemos preservar.
Edvino
Borkenhagen
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