Manifesto publicado (em jornal) como Artigo de
opinião
O jornal A Gazeta do Iguaçu, na edição Nº
8542, de 27/12/2016, publicou na página "Geral", um escrito de Nilton Bobato,
que não classificamos como 'Artigo', mas como 'Manifesto', razão pela qual o
transcrevemos e apresentamos no quadro MANIFESTOS:
Isso é realmente um MANIFESTO !!!
Sem dúvida alguma, o ano de 2016 entrará para a
história de Foz do Iguaçu como o mais difícil desde sua fundação, sob todos
os aspectos políticos e econômicos, com suas consequências administrativas.
Se bem que este resultado desastroso não se construiu em 2016, mas ao longo
do mandato concedido ao prefeito afastado.
Vamos começar 2017 com as incertezas trazidas de 2016,
mas temos dois projetos fundamentais para debater ao mesmo tempo. Um já
deveria estar vencido, mas está reaberto: quem vai dirigir Foz do Iguaçu? E
não estou falando do ou da presidente da Câmara, que será conhecido(a) no
dia 10.
Qual o melhor programa para Foz do Iguaçu?
Que tipo de cidade sonhamos?
Dia destes vi pessoas comemorando que o município se
livrou de um pepino entregando o hospital para o Estado, que vamos
economizar, etc. e tal, como se estivesse fazendo um grande favor em cumprir
a função do Estado e esquecendo que o hospital só chegou a esta situação
devido a um misto de má-gestão com esquemas e boa parte destas pessoas foram
patrocinadas pela estrutura política do governo estadual, que agora posa de
salvador. E nem mesmo a conta é bem feita: já que abrimos mão da gestão,
também abrimos mão do recurso e ainda teremos que comprar serviços.
É triste ver a cidade chegar a essa situação e além do
caos na saúde, não temos cultura, não temos esporte, nossas crianças
continuam esperando vagas nas creches, nossos professores procuram resposta
numa educação sem planejamento, nossa prainha abandonada, as obras paradas,
os buracos no asfalto e as denúncias de corrupção são nossos troféus. Isso
sem falar na demolição do sonho da cidade planejada, sustentável, com
transporte coletivo decente, etc.
É obrigação ajudar a construir um projeto que recoloque
Foz do Iguaçu no lugar de onde nunca deveria ter saído, mas que também seja
capaz de ser uma cidade inclusiva, participativa, acessível e para todos e
todas.
Temos que construir um projeto de administração
municipal que leve em conta as pessoas e fundamentalmente uma cidade
governada de forma limpa, transparente e honesta.
Esta é a principal tarefa para este incipiente 2017:
ajudar nesta construção... Buscar apoio para esta construção... Convencer
corações e mentes para esta construção, mesmo que não tenhamos novas e mesmo
que se tiver novas eleições, não participe delas como candidato.
Mas não podemos perder o foco no outro projeto para Foz
do Iguaçu que considero fundamental. Precisamos, necessitamos da construção
de um pensamento que faça nossa cidade, esta fronteira, sair desta fila de
32 anos sem eleger um representante na esfera federal. Não podemos mais
admitir isso como normal. Temos que antecipar este debate!
É obrigação, tarefa, buscar apoios e pessoas para que
convençam e sejam convencidas de que a cidade precisa escolher um caminho,
eleger uma liderança, acabar com o jogo de empurra, com o faz de conta, e
traçarmos um caminho político que faça esta fronteira dar este salto.
Somos talvez a cidade mais federalizada do país. É
inconcebível que não tenhamos nenhuma voz para defender a segunda ponte, a
construção da Unila, o viaduto da Costa e Silva, a perimetral, o Beira Foz,
a nova pista do aeroporto, a duplicação da BR 469, a municipalização da
Tarquínio Joslin dos Santos, as cotas de compras do Mercosul, a logística de
transporte fronteiriço, as políticas aduaneiras, enfim, que fale da
fronteira e de nossas necessidades todos os dias em Brasília.
E não dá para esperar 2018. Se esperarmos,
provavelmente fracassaremos novamente. Por isso tenho chamado a
responsabilidade das pessoas. Precisamos escolher um caminho e construí-lo.
Ah! Quero tantas outras coisas: terminar o livro sobre
a Palestina, concluir um dos romances que tenho começado, enfim lançar pelo
menos mais uma obra literária em 2017, cursar o mestrado em Literatura
Comparada em que fui admitido pela Unila, voltar a ministrar aulas no
Colégio Almiro Sartori e gravar as músicas da minha banda, mas estes são
outros projetos.
Para a cidade, temos estas duas grandes tarefas:
a)- ajudar na construção de um projeto de administração
que recupere Foz e
b)- defender a tese de que Foz precisa escolher um
caminho para definir uma representação federal.
E para estas duas tarefas convoco cada um de vocês!
Que tenhamos, como
consequência,
um 2017 repleto de
esperanças e olhar para o futuro!
Autor: Nilton
Bobato
Atente para esse acréscimo nosso!
O autor foi/é o único vereador da atual legislatura que
não mereceu investigação por parte da Polícia Federal relativo a operação
que já intimou, interrogou, prendeu inúmeros cidadãos empreendedores,
funcionários públicos, membro do poder executivo e membros do poder
legislativo.
Na eleição para vereador para o mandato de 2017 - 2020
foi o 3º mais votado, mas não alcançou cadeira pelo formato vigente de
definição. É a lei!
Corre uma vertente que o Deputado Chico Brasileiro
poderia abrir mão de candidatura a prefeito na nova eleição a ser realizada
no início de 2017, propondo-se a se posicionar firme como o real e leal
deputado estadual a serviço de Foz do Iguaçu, contanto que a cidade se una
em favor da candidatura de Nilton Bobato. Isso pode ser um sonho, se sonhado
por poucas pessoas, mas se sonhado a partir da iniciativa de entidades que
representem a coletividade, pode tornar-se realidade.
Não esqueçamos:
"Sonho que se sonha sozinho,
permanece sonho, mas sonho que se sonha em conjunto, pode se tornar
realidade!"
Publicado em 29/12/2016