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Por um Oeste do Paraná sem venenos

 

Um "manifesto" digno de estar na página da BORKENHAGEN!

 

Não faz qualquer sentido apoiarmos tecnologias que se identificam por o princípio ativo contra a vida. Vista como atividade nobre, a agricultura assusta quando se analisa os números de doenças relacionadas à utilização abusiva de agrotóxicos. Movida por generosos financiamentos, a agricultura de escala, rebatizada de “agronegócio”, transformou o alimento em mercadoria. A opção preferencial pelo mercado se sobrepôs a busca de uma condição de vida mais saudável. Os desastrosos resultados decorrentes da utilização de agrotóxicos nas grandes extensões de cultivo no Brasil são alarmantes. Infelizmente a receita é reproduzida nas pequenas e médias propriedades do Oeste do Paraná. Os venenos utilizados na agricultura brasileira parecem repetir as tragédias ambientais e humanas descritas pela bióloga Rachel Carson há mais de meio século nos Estados Unidos.

É oportuno lembrar as palavras do biólogo Fernando Ferreira Carneiro – UNB durante o VI Congresso de Ciências Agrárias da Unioeste em Marechal Cândido Rondon, ocorrido em outubro de 2012. Abalizado no dossiê da Associação brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), as conclusões foram estarrecedoras. Pautado em dados concretos, chegou-se a conclusão, por exemplo, de que a população que ainda mora no campo está enfrentando um aumento de 40 por cento na incidência de tipos de câncer em relação às populações urbanas. A pesquisa constatou que 28 por cento de amostras de produtos agrícolas utilizadas para o consumo humano foram consideradas insatisfatórias. Na opinião do biólogo a pesquisa mostra evidências científicas suficientes da tragédia que está sendo imposta pelos interesses dos grandes negócios agrícolas no país.

O “I Colóquio sobre uso dos agrotóxicos e impactos socioambientais”, a ser realizado na Unioeste, Câmpus de Marechal Cândido Rondon, no dia 15 de abril de 2013, pretende reforçar as discussões voltadas a este preocupante assunto. O evento é voltado a estudantes universitários, produtores rurais, membros de movimentos sociais e alunos de escolas dos ensinos fundamental e médio. O encontro é organizado pelo Laboratório Geolutas em conjunto com a Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) - seção de M.C.Rondon, Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA), Associação dos Portadores de Ler (AP-Ler), Centro Acadêmico de Direito e Associação Regional da Ecocidadania e Cidade Sustentável (ARDECS), Rede Ecovida de Agroecologia e Mestrado de Geografia da Unioeste. Os trabalhos contarão com a presença de Sant-Clair Honorato Santos Procurador de Justiça do Ministério Público/PR – Coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente e Wanderlei Antonio Pignati Prof. Dr. da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que, respectivamente proferirão conferências sobre a ação do Ministério Público frente às questões socioambientais provocadas pelo uso dos agrotóxicos e o uso de agrotóxicos e as implicações na saúde humana.

O evento tem como objetivo debater sobre o uso elevado de agrotóxicos nas lavouras, sobretudo do Oeste do Paraná, e as implicações sociais e ambientais derivadas desse uso, visando a organização da sociedade civil e o fortalecimento da Campanha Nacional Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos. Contudo, o evento ainda pretende: Estimular a Construção de um grupo de pesquisadores, entidades e movimentos sociais para discutir e intervir sobre os impactos dos agrotóxicos na região; Contrapor-se às ideologias que pregam existir uso seguro dos agrotóxicos; Contribuir para a construção de movimento para eliminação imediata de 22 agrotóxicos proibidos na União Europeia e ainda amplamente utilizados no Brasil.

Sem se esquecer de que a produção agrícola necessita ser comercializada, o evento pretende reforçar a luta por um Oeste do Paraná mais saudável e mais seguro para se viver.

Autor: Tarcisio Vanderlinde, de M.C.Rondon-PR

Postado em 04/04/2013

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