No 26º Congresso das
Senhoras Luteranas do Brasil, em Bento Gonçalves – RS, o professor do
Seminário Concórdia de São Leopoldo, Dr. Vilson Scholz, palestrou sobre o
texto de Jo 15.5: “Eu sou a videira, vós os ramos”. Após ler o texto,
iniciou a reflexão pedindo a todos que se imaginassem entrando num parreiral
ou numa vinha, em Bento Gonçalves ou em outro lugar qualquer, e lá ouvissem
uma voz que diz: “Eu sou a videira, e vocês são os ramos”. Todas ficaríam
surpresas. “Ué, um pé de uva que fala!”. Claro, pés de uva não falam. São
pessoas que falam. E o que essa pessoa diz não pode ser tomado ao pé da
letra, embora seja muito verdadeiro e tenha muito a ensinar. Scholz lembrou
que isso é uma figura de linguagem, uma metáfora. “Não se trata de uma aula
de botânica, mas de uma lição teológica ou espiritual. Logo de saída as
palavras nos marcam. Não se diz, “eu sou uma videira”, mas “eu
sou a videira”. Também não se diz, “você é meu ramo”, mas “vocês são
os ramos”. Isto mostra que não estamos sozinhos nessa caminhada. Quem fala
isso é Jesus. Ele se apresenta como “eu”. Mas quem é ele? Na verdade, o nome
“Jesus” não aparece nas proximidades desse “Eu sou a videira”. Sabe-se que
Jesus está falando, porque ele começa a falar lá no capítulo 13 do Evangelho
de João. E ele menciona o Pai, que é o “agricultor”, aquele que trata da
vinha. Logo, quem fala é o Filho. E isto poderia nos levar a um exame de
tudo que se diz do Filho, em João, e de tudo mais que esse Filho diz de si,
neste Evangelho. O Filho é, a partir de João 1.14, o nome dado ao Verbo (a
Palavra) que se fez gente e morou entre nós. Aliás, é só quando lembramos
isso (quem ele é) que conseguimos entender o que Jesus diz e faz”, destacou.
O professor Vilson lembrou
que Jesus não diz, simplesmente, “eu”; ele diz “eu sou”. Em si, isso
não é uma forma indireta de dizer “eu sou aquele que sempre existiu, ou
seja, sou Deus”, pois a frase só termina quando Jesus diz: “eu sou a
videira”. Mas não deixa de ser um fato que este é o sétimo e último dos
famosos “eu sou” de Jesus, em João.
A lista completa é esta: Jesus é
(I) “o pão da vida” (João 6.35,51);
(II) “a luz do mundo”
(João 8.12);
(III) “a porta” (João 10.7,9);
(IV) “o bom pastor”
(João 10.11,14);
(V) “a ressurreição e a vida” (João 11.25);
(VI) “o
caminho, a verdade e a vida” (João 14.6);
(VII) “a videira verdadeira”
(João 15.1,5).
Jesus diz que ele é a videira. Ele também não se compara com
uma videira. Não, ele é a videira. Na verdade, Jesus diz, no início
de João 15, que ele é “a videira verdadeira”. Será que isso significa que
existe uma videira falsa? Parece que sim. Poderia também ser uma videira que
não deu conta do recado. Falar de videira em Bento, onde as congressistas
estavam cercadas de vinhedos, é algo bem mais natural. Você se considera um
ramo da videira? Você produz frutas boas?
Tatiana Sodré –
Comunicação da Igreja Luterana
DEPOIS
DO DILÚVIO,
NOÉ
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18/08/2003, Títulos e Documentos
ANO XIV, Mensagem 705
Veja na imprensa, em 27/01/2012, clicando
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