Um artífice é um artista, trabalhe ele o metal ou a madeira.

O ferreiro que faz um machado, trabalha o ferro nas brasas e forja-o com o martelo e a força do seu braço. Se ele não se alimenta, tem fome; se não bebe água, desfalece. Ele tem vida, mas o machado que ele produz, não tem.

O artífice em madeira estende o cordel e, com o lápis esboça uma imagem; alisa-a com plaina, marca com o compasso e a faz de acordo com sua capacidade de imaginar, de ver, de esculpir. Tudo o que ele esculpe pode ter forma, mas não tem vida.

Uma lenhador na área agrícola derruba, corta, uma árvore para dela fazer lenha para queimá-la no fogão e aquecer-se nos dias frios. Um proprietário de área rural pode plantar mudas de árvores de várias essências, para finalidades distintas. Se para corte, podem servir-lhe para aquentar-se e assar o pão, no forno do fogão, mas da mesma madeira pode esculpir um deus, uma imagem, ajoelhar-se diante dela e, prostrado, ser capaz de dirigir-lhe a sua oração, dizendo: Livra-me, porque tu és o meu deus.

Como poderia um artífice em madeira, usar parte da lenha para aquecer-se, outra para preparar suas refeições e, de outra parte fazer uma estátua, uma escultura, dando-lhe poderes ou chegar a ponto de ajoelhar-se diante de um pedaço de árvore? É um ser humano como outras pessoas. Como poderia, então, produzir esculturas em série, vendê-las, e fazer as pessoas que as comprassem, acreditar que tais obras de arte tivessem algum poder?

O profeta Isaías, no capítulo 44 registra que Deus disse: Eu sou o primeiro e o último, e além de mim não há Deus. Quem há, como eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim! Esse que anuncie as cousas futuras, as cousas que hão de vir!

É interessante como o profeta é categórico. Chega ao ponto de dizer que os artífices de imagens de escultura são nada, e as suas obras de arte, de nenhum préstimo, pois elas nada vêem nem entendem. E ainda questiona: quem fundiria uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo? Coitados os que acreditam que uma obra feita em madeira ou metal tenha algum poder; ficariam confundidos.

A certa altura Isaías registra que ainda resta livramento para aqueles que se convertem a Deus, deixando de crer nas obras de mãos humanas. Entretanto deixa o alerta aos que não dão atenção à palavra de Deus; dos tais estarão grudados os olhos para não conseguirem ver e seus corações já não mais entenderão os escritos.

As palavras são duras, mas para quem segue o Cristianismo, são palavras de valor. Pior cego é o que não quer ver!

Edvino Borkenhagen

 

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Coluna do Mensageiro - Registro 0123526, 18/08/2003, Títulos e Documentos

ANO XVII, Mensagem 839

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