Um dia um palestrante fez duas perguntas iniciais para a sua platéia:
- Quem tem filhos, erga a mão direita! A grande maioria ergueu a mão
direita.
- Quem tem filhos bobos e feios, erga a mão esquerda! Os presentes se
entreolharam e ninguém foi capaz de erguer a mão esquerda.
Assim é comum agirmos em defesa de nossos conceitos. Podemos nem pensar
muito no conteúdo, na profundidade e na abrangência da pergunta, mas estamos
prontos a responder de acordo com nossa convicção e nossas conveniências.
Os casados poderiam transportar-se, em pensamento, para a época do namoro,
ou a pergunta seguinte poderia ser dirigida aos namorados: Ao perguntar-se
quem tem namorada, a resposta poderia ser um uníssono EU, agora se a
pergunta fosse para saber quem tem namorada boba e feia, certamente ninguém
diria EU.
Outra situação seria o caso de empregados. Ao serem perguntados se têm um
bom emprego, certamente a maioria diria que SIM, mas se a pergunta fosse
complementada e o interlocutor perguntasse se alguém trapaceia no serviço,
negligencia na qualidade do serviço ou do atendimento, se engana o
empregador, por certo ninguém o declararia, pois as conveniências os fazem
proteger-se.
Agora, levando os questionamentos para o setor público, a pergunta a ser
feita ao cidadão poderia ser no sentido de se querer saber quem gosta de um
serviço público, ágil, de qualidade e não oneroso, podemos acreditar que a
maioria responderia que SIM. Entretanto se a pergunta fosse no sentido de se
querer saber, quem já solicitou a um servidor para que desse um “jeitinho”
para que lhe fosse concedido o direito a um benefício, ou que fosse
antecipado o atendimento ao seu requerimento, ou uma informação
privilegiada, no caso de uma licitação, podemos quase afirmar que ninguém
concordaria em responder que SIM, já tentei corromper um funcionário
público; que SIM, já tentei obter vantagens em detrimento ao direito de
outros cidadãos; ou que, SIM, já desfruto do rendimento de aposentadoria,
mesmo não tendo idade, ou, SIM, já desfruto do rendimento de aposentadoria,
pois repassei um ‘agrado’ ao agente, ou que SIM, já estou aposentado/a
graças a provas forjadas que consegui juntar ao processo de aposentadoria.
É! É mesmo difícil encontrarmos TODAS as pessoas agindo com retidão,
coerência e honestidade, mas é fácil encontrarmos MUITAS pessoas xingando
pessoas públicas, desrespeitando governantes, desrespeitando leis, sonegando
tributos e tentando corromper algum servidor público. Do caso em que grupos
políticos apontam o dedo contra uma grande estatal, para ‘esconder’ sua
própria ‘sujeira’, muita gente nem se dá conta que quem corrompe é muito
mais criminoso que o corrompido.
Então quando te perguntarem qual é a família mais linda, não
titubeie! Confirme que é a SUA. Depois vá ver se encontra algo a
corrigir, mas corra para que ninguém aponte as falhas que você não tenha
percebido. A família mais linda é a família à qual eu pertenço, deve ser a
resposta de cada qual. Quando você se distanciar de alguns parentes, procure
voltar a visitar os que você não viu há mais tempo. Todos os familiares têm
algo a contar, a registrar. Desta forma o ‘livro da história’ de sua
família, deve ser escrito com boas iniciativas, com boas ações, com
dignidade e reciprocidade. Procure reler as páginas escritas pelos seus
antepassados, para saber por que você está no mundo, por que você foi
gerado/a e o que a Família espera que você deixe registrado para as futuras
gerações.
A história de nossa vida merecerá um título não de acordo com o nosso
querer, mas de acordo com a percepção das pessoas que nos rodeiam. Se o
saldo de boas ações estiver a nosso favor, o título será muito bonito, agora
se o saldo for negativo, nem pense no título que sua história poderá
merecer!
Edvino Borkenhagen
Eu tenho uma família linda, e você? |
Uma família
poderá ser feliz pelos laços consangüíneos, pelos laços
profissionais, pela acolhida aos ‘agregados’, tal como um
empreendimento poderá ser bem sucedido se houver sinceridade.
Na
BORKENHAGEN os membros de equipe são
tidos como filhos. |
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BORKENHAGEN
Fone 3028-6464
O fone da contabilidade |
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Coluna do Mensageiro - Registro 0123526,
18/08/2003, Títulos e Documentos
ANO XVII, Mensagem 859
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