Quando o 34º BIMec organiza uma corrida e uma caminhada, na qual a população participa, é fácil ver-se na arrancada, corredores saírem em marcha bem acelerada. Dependendo do trecho diminui a velocidade, ou seja: a aceleração não é a mesma, pois o corpo não aguenta, e o coração precisa ser preservado. Ocorre uma desaceleração com relação à velocidade.

Você, com certeza, conhece, um amigo vítima de AVC. Deve lembrar que antes ele era ligeirinho em tudo, era animado, tinha solução rápida pra tudo, mas depois da intervenção, repensa as iniciativas, mede as consequências antes de se atirar numa nova empreitada, raciocina mais lento, algumas vezes. Por mais inteligente, por mais esforçado, precisa respeitar seus limites ou seja: desacelerou com relação à produção.

Talvez você já tenha viajado com alguém dirigindo rápido em estrada sem pavimentação, estrada de chão. Vai tudo bem, mesmo que seja à noite. Chove, mas anda bem, anda rápido. De repente o terreno se apresenta menos firme, escorregadio. O que faz o motorista? Reconhece que o terreno não está propício para manter a mesma velocidade. Você percebe que o carro não está mais na mesma velocidade, ou seja: desacelerou.

Quem assiste corridas, digamos de Fórmula 1, pode perceber que, ao ouvir o narrador da corrida dizer que tal piloto teve um problema mecânico: apareceu como que uma labareda de fogo saindo do compartimento do motor. O carro continua andando, mas precisa de atendimento, e vai em velocidade menor para o box para verem se pode continuar. Dizemos que em virtude do problema o piloto desacelerou o carro até chegar ao box.

Sempre que um fator externo interfere em nossa vida, seja afetiva, social, familiar, financeira, profissional, podemos ser obrigados a dar uma “desacelerada”, não é mesmo?! Temos que observar como esse fator nos alcançou, o que o motivou, como eliminá-lo ou abrandá-lo para, depois, ir adiante, refeito, encorajado, convicto e soberano.

Quando a imprensa, há cerca de uma semana, noticiava que a economia da China teve uma desaceleração, que a Bolsa de Xangai fechou em baixa, talvez o mundo não se deu conta do motivo, ou as consequências disso. Óbvio que teve jornalista criticando o governo brasileiro, como se o que ocorre no Brasil não sofre interferência de fatores externos. O importante é seguir a onda do “quanto pior, melhor!”. Até abaixo-assinado para “impeachment”, assinam, como se isso fosse: por não gostar do atendimento em um supermercado, passo a me abastecer em outro, e pronto. Antes que pense em “dar o troco”, faça uma reflexão do que acontece na China.

Uma economia comunista, socialista, fechada, que abre para o capital estrangeiro, sofre mudanças nas bases. Quando antes tinha um ritmo, agora tem outro, tem ganância. Quantas grandes corporações abandonaram seu país e foram fixar-se na Ásia, porque a mão de obra é barata? Sabes? Pensou essa gente que um dia iriam saturar o mercado e que o crescimento não se manteria eternamente tão elevado? Pois é, ajustes na economia precisam ocorrer, inclusive na China! O Brasil, após os ajustes necessários, sairá fortalecido, a não ser que os ‘brasileiros de fato’ não o queiram.

 

Brasil - pujante tal qual seus cidadãos!

Edvino Borkenhagen

 

Especuladores há no mundo inteiro. Pense!
Os especuladores, os aproveitadores, quebram as economias mundo afora. Cuidado ao definir o culpado! Talvez você mesmo esteja preferindo comprar “sem nota” e reclamar que o governo é ineficaz. Na BORKENHAGEN ética e lei tem vez!
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Coluna do Mensageiro - Registro 0123526, 18/08/2003, Títulos e Documentos

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