Em
2011 correu pela rede, via Power Point, um tributo ao professor Kássio
Vinícius Castro Gomes. Um estudante, em Belo Horizonte, processou a escola e
o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter
que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano
moral” do estudante foi ter que... estudar!).
O professor pagou com
sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as
lágrimas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito tomou conta de
ambientes escolares.
Há uma lógica perversa
por trás disso tudo. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às
regras de bem viver e à autoridade, foi elevada a método de ensino e
imperativo de convivência supostamente democrática.
Salve o
Dia do Professor!
"Conhecimento não é o que se detém, mas o que se compartilha!".
Respeita o professor, a professora, que compartilha aprendizado,
e terás o caminho aberto para o sucesso! |
No início, foi o maio
de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “É proibido proibir”.
Depois, a geração do “Não
bate, que traumatiza”.
A coisa continuou: “Não
reprove, que atrapalha”.
Não dê provas
difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”.
Aliás, “prova não prova nada!”.
Deixe o aluno “construir
seu conhecimento!” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é
o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está
pagando.
E como a estupidez
humana não tem limite, um “novo paradigma” prosseguiu a todo vapor, em
vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que
mudar ‘tudo isso que está aí’”; “mais importante que ter conhecimento
é ser ‘crítico’.”
Claro que a
intelectualidade rasa de alguns pedagogos e de burocratas carreiristas
ganhou um impulso com a mercantilização do ensino: paparicam o aluno-cliente
e desconsideram a disciplina.
Estamos criando gerações
em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos
mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida,
incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza
de que “o mundo lhes deve algo”.
Um desses jovens
revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de
lâmina, no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que
poderia vir a ter, sentir, amar. Ao assassino seriam concedidos todos os
direitos que a lei previa: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla
defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em
lei. Tudo isso, e muito mais, faria parte do devido processo legal, que se
iniciaria com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A
acusação penal ao autor do homicídio covarde viria do promotor de justiça.
Uma espiada em Emile
Zola, propicia acusar os pseudo-intelectuais que romantizam a “revolta dos
oprimidos” e justificam a violência por parte daqueles que se sentem
vítimas.
Cartilhas do 'politicamente
correto', impedem a escola de constar faltas graves no histórico
escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e
cometer crimes em outras escolas. Professores com mestrado e doutorado são
pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para
“adequar a avaliação ao perfil dos alunos”.
Não se pode permitir que
o boleto hoje valha mais do que o sucesso e a felicidade do aluno. Nem se
pode impedir o professor de aplicar punição ao aluno que cola.
Essa é nossa maneira
de ver o ensino!
Edvino Borkenhagen
Coluna Mensageiro - Registro 0123526,
18/08/2003, Títulos e Documentos
ANO XIX, Mensagem 951
A
figura, do destaque, foi colhida na Internet.
Observações:
O artigo acima, inadvertidamente foi enviado com uma
semana de antecipação ao jornal A Gazeta do Iguaçu, pelo que muitos o leram
na edição de 07/10, mas aqui respeitamos a data.
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