Dollinger,
um historiador católico liberal, disse: “Lutero deu
aos alemães o que nenhum outro jamais dera a seu povo: a língua, a Bíblia, a
hinologia...”.
Os luteranos reconhecem
e, muitos, os mais jovens, talvez nem o saibam muito bem, mas nenhuma fé
está tão relacionada com o idioma alemão quanto a fé luterana. A hinologia é
quase toda de origem alemã. A maioria da membresia tem suas origens na
Alemanha, Suíça, Áustria e Liechtenstein, conforme o registra a revista
Mensageiro Luterano, nº 1.220.
Mas o que isso tem a ver
com a Coluna Mensageiro? São dois os motivos principais:
1) -
Em 31/10/2017, o
mundo todo vai comemorar os 500 Anos da Reforma Luterana, movimento
através do qual muitos europeus, notadamente alemães, se desligaram da fé
romana por não compactuarem com os ensinamentos da época, pois haviam
ocorrido desvios significativos, mas isso poderá ser assunto para outra
ocasião.
2) -
O segundo motivo é que
estamos em período de férias escolares e um personagem que, queiramos ou
não, merece ser lembrado, principalmente com relação à escola pública, é
Martinho Lutero que, além de ser o motivador da Reforma, é reconhecido
como o “pai da alfabetização”. Ele se dirigiu aos pais, bem ao seu
estilo, forte, firme, através de publicações, encarecendo-lhes a escola e a
educação dos filhos como necessidade inadiável, para a pátria e a igreja
verem melhores dias. Um escritor moderno declarou: “A
Lutero deve a Alemanha seu esplêndido sistema educacional – em suas origens
e suas concepções, porque ele foi o primeiro a reclamar uma educação
universal, uma educação do povo todo, sem consideração de classe”.
Lutero foi um dos
responsáveis pela concepção de ensino público que serviu de modelo para a
escola moderna no Ocidente. É frase dele: “Quando
a escola progride, tudo progride!”. A idéia da escola pública
e para todos, organizada em três grandes ciclos (fundamental, médio e
superior) e voltada para o saber útil nasce do projeto educacional de
Lutero. “A distinção clara entre a esfera espiritual e as coisas do mundo
propiciou um avanço para o conhecimento e o exercício funcional das coisas
práticas”, disse o pastor Walter Altmann, quando presidente da Igreja
Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
Tão importante quanto
Lutero para a educação foi Philipp Melanchthon (1497-1560). Sua dedicação
auxiliou no projeto de criação de um sistema de escolas públicas, depois
copiado em quase toda a Alemanha. A reforma da instrução era uma das
principais reivindicações das camadas mais pobres da população,
insatisfeitas com as más condições de vida e com o ensino escasso e ineficaz
oferecido pela Igreja. Tanto Melanchthon quanto Lutero viam na educação um
assunto do interesse dos governantes. “A maior
força de uma cidade é ter muitos cidadãos instruídos”,
escreveu Lutero. Para isso, foi criado um sistema que atendia à finalidade
de preparar para o trabalho e à possibilidade de prosseguir os estudos para
elevação cultural. O currículo era baseado nas ciências humanas, com ênfase
na história.
Segundo Freire (1996),
conhecendo o significado da escola pública, a sociedade percebe que ela não
é somente um transmissor de conteúdos, mas um formador de homens.
Edvino Borkenhagen
Escolas e igrejas devem ensinar bem! |
No tempo de
Lutero os acervos de livros e bibliotecas eram dominados pelos
monges, bispos e padres. A tradução da Bíblia e a criação de boas
escolas mudaram o acesso ao conhecimento. Também hoje a
BORKENHAGEN estimula o saber! |
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BORKENHAGEN
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O fone da contabilidade |
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Coluna Mensageiro - Registro 0123526,
18/08/2003, Títulos e Documentos
Fonte de inspiração: Mensageiro Luterano
1.;220 e sites de educação
ANO XIX, Mensagem 966
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Enquanto houver pessoas sem acesso à boa escola,
poderemos ter cidadãos fáceis de serem manobrados.
"Estuda a tal ponto que possas esquecer algo e ainda
saibas o suficiente!" - parte do lema da Família Borkenhagen.
BORKENHAGEN -
33 ANOS APOSTANDO NA BOA E
CONTINUADA EDUCAÇÃO!