Aos 25 dias do mês de outubro
de 1927, chegava ao Porto de Santos o
Navio Cap Norte,
vindo de Hamburg – Alemanha, trazendo imigrantes alemães para adotarem a
pátria brasileira como a sua pátria.
Mas, antes, após a 1ª Guerra
Mundial, tendo que abandonar sua propriedade, devido ao desterro para as
geleiras, a Família Borkenhagen
deixara para trás terra, plantação, gado, casa, estábulos e o galpão. Levara
o que coube numa carroça puxada por dois cavalos, considerando que nela
também viajaria a família. Eram muitas carroças que seguiam para o frio
gelado. À noite, ou nos dias de chuva, o teto dos desterrados era exatamente
a carroça. Não havia pousadas, à beira da estrada. Não importava a idade das
pessoas. Todas tinham que agasalhar-se debaixo das carroças.
Quando o Exército sueco
rechaçou os russos, essa gente conseguiu voltar.
Surpresa!
Suas terras, suas propriedades,
seu gado, suas plantações, o que não havia sido devastado pelos militares
russos, já estava sob a titularidade de outra gente que não convém
mencionar, pois até hoje se dizem vítimas da guerra. Sim o título de
propriedade já estava em nome dessa outra gente. Doloroso, mas verdadeiro!
O que fizeram esses alemães que
retornavam vibrantes para sua terra, mas que deram de encontro com essa
situação hostil? Tiveram que trabalhar de agregados em propriedades
agrícolas, tratando porcos, buscando pasto para as vacas, arando e plantando
a terra, praticamente como escravos. Meninos a partir dos 12 anos já eram
convocados a trabalhar desde a madrugada, como gente grande, com parelhas de
cavalos.
Carl Adolf Borkenhagen
e sua esposa Berta Steinke Borkenhagen, que tinham conhecidos
no Brasil se puseram a orar e buscar contato com os amigos do Brasil. Deu
certo! Receberam uma passagem de vinda, junto com todos os filhos e
inclusive a família de dois filhos já casados.
O
preço da passagem era trabalhar num cafezal da Família Matarazzo, em
Sertãozinho – SP, por 1 ano. Depois, poderiam optar por ficar no cafezal ou
procurar outra localização. Assim aceitaram a viagem definitiva ao Brasil,
para permanecer em sua memória apenas as boas recordações da Alemanha, da
Prússia Oriental, da Polônia e da Rússia, pois teve descendente da família
que serviu no Exército Russo. Isso até lhes dificultou o regresso à
Alemanha, pois eram tidos por comunistas. Dessa forma se perderam registros
importantes do Diário de Reinhold, esse que prestou o serviço militar na
Rússia.
Mas a chegada ao Brasil, a
viagem em carroças puxadas por mulos, de Santos a Sertãozinho, os enchia de
boas expectativas. Não se frustraram! Ao final do ano de trabalho no
cafezal, o Administrador da Fazenda chamou seu capataz Carl Adolf e lhe
propôs permanecer com os Matarazzo, mas ele declinou, dizendo que sua
pretensão era ir pra Linha Oito Oeste, município de Ijuí-RS. Além de receber
uma gratificação pelos bons trabalhos, ganhou a viagem de trem até Marcelino
Ramos-RS, no qual os bancos eram de tábuas, e viajaram 2 dias e meio, dia e
noite. Tudo valeu à pena!
Brasil, a nova pátria da
Família Borkenhagen, é realmente a pátria amada, pois hoje tem membros no
RS, no PR, no MS, no MT, no PA, no PI, na BA.
Ah, além da remuneração pelos
serviços que a Família prestara no cafezal, o valor da "gratificação"
permitiu ao imigrante Carl Adolf comprar uma área de terras relativamente
grande, mas em se considerando o tamanho da família, era mesmo necessário
uma boa área, para produzir para o sustento e o crescimento.
Obrigado Brasil, por acolher
nossos antepassados!
Edvino Borkenhagen
Todo
empreendimento tem um idealizador! |
Não
fosse Carl Adolf, não existiria Otto, nem Edvino, nem seus
sucessores, nem a
BORKENHAGEN, a oferecer serviços
de qualidade com uma equipe de qualidade.
Vem desfrutar! |
|
BORKENHAGEN
Fone 3028-6464
O fone da contabilidade |
Novas instalações e mais conforto para a equipe e os clientes.
Vem desfrutar! Vem! |
Coluna Mensageiro - Registro 0123526,
18/08/2003, Títulos e Documentos
ANO XX, Mensagem 1.004
Se lhe restar tempo e disposição de nos enviar sua
apreciação,
clique aqui.
O Cap Norte,
passando pela Ponta da Praia, em Santos, por volta de 1928 em cartão postal
com texto manuscrito em alemão
Imagem
divulgada na rede social Facebook em 30/3/2014 pelo cartofilista Laire
José Giraud
BORKENHAGEN -
34 ANOS ATUANDO PARA FAZER PARTE
DE UMA BOA HISTÓRIA!