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Sociedade feliz existe?

Título original liberado pela Neo Interativa: Amigos ou colegas?

“Onde se come o pão, não se come a carne”.

“Amigos, amigos, negócios à parte”.

 

Será que essas expressões populares são realmente verdadeiras?

Por essas razões e algumas outras, muitas empresas não aceitam parentes trabalhando na mesma empresa.

Há empresas que foram constituídas por casais e ambos administram a empresa. Isso, por si só, poria por terra essas afirmativas.

O que compromete um negócio, ou o bom andamento do trabalho profissional, é a falta de capacidade do profissional, de caráter, de escrúpulos e a desonestidade.

 

Era muito comum, até por volta dos anos setenta, jovens se conhecerem na empresa e se casarem. Ambos permaneciam trabalhando na empresa e se policiavam para manter a melhor conduta, pois sabiam que uma ação incorreta poderia também prejudicar o seu cônjuge.

Também era comum a pessoa acabar por indicar seus filhos e netos para a empresa.

Diversas pessoas de uma mesma família trabalhavam na empresa e era fácil encontrar alguém que tenha passado toda a vida profissional nela. Muitos completavam tranquilamente cinquenta anos de empresa, pois empregavam-se ainda adolescentes. Outro fato é que a empresa acabava se tornando uma grande família, uma vez que era comum alguém que tinha parentes como colegas, se casarem com outros, que também tinham outros parentes colegas. A afinidade entre essas pessoas era muito forte, gerando união e muita confiança entre si.

Isso prova que, no âmbito das empresas, o problema não é o fato dos colegas serem parentes.

 

Infelizmente, com o decorrer do tempo, a falta de educação escolar e de tradição social fez com que muitas pessoas vissem na desonestidade a melhor forma de viver, comprometendo outras pessoas na sociedade, o que acabou por comprometer a confiança que havia entre as pessoas.

 

Cresci no bairro da Lapa em São Paulo onde todos os moradores eram imigrantes europeus. Os italianos tinham uma frase que jamais me esquecerei. Eles falavam em um “português macarrônico” algo mais ou menos assim: “Se é italiano é tutti buona gente”. Em uma tradução livre “Se é italiano é tudo boa gente”. Isso demonstrava que eles tinham confiança em seus compatriotas.

As pessoas que vinham da Europa vinham de séculos de miséria e sofrimento. Eles descendiam de uma tradição histórica milenar. Eles sabiam que a honra e a palavra empenhada eram as coisas mais importantes que tinham. Some-se a isso, o fato de todos serem muito religiosos.

 

Na primeira metade do século vinte era comum, em São Paulo, as pessoas saírem de casa e deixarem a porta aberta e poderem andar nas ruas tranquilamente na certeza de que nada de mal lhes aconteceria.

Infelizmente, hoje, essa confiança e segurança não existem mais.

Essa perda social fez com que também poucas pessoas achem que podem ter amigos no trabalho. Elas acham que são apenas colegas. Isso é muito ruim, pois todos acabam trabalhando apenas para si e não para o coletivo. Não há cumplicidade entre as pessoas, a empresa corre o risco de se tornar um grupo de autômatos e não uma família unida como era há algumas décadas.

Todos nós perdemos com isso: o empreendedor, o profissional, o colaborador, o estado e a sociedade como um todo.

 

Temos de recuperar os valores morais, éticos e sociais de nossos avós. Não podemos esperar que o estado assuma esse compromisso ou delegarmos a educação dessas qualidades humanas às escolas.

Educação vem de berço. Essa é uma responsabilidade de todos nós.

Temos que voltar urgentemente a ser uma sociedade feliz!

Origem: Neo Interativa

Postado em 26/06/2014

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