As férias estão transcorrendo em diversas
atividades, em diversos setores, em diversas
repartições, em diversos empreendimentos, em
diversos entendimentos, em diversas crenças,
... Ops!
Como assim "em diversas crenças"?
Quantos são os que se dizem cristãos, ou
fieis à doutrina que professam, mas no
período de férias se ausentam dos templos,
das igrejas, das mesquitas, das sinagogas,
dos centros, ...?! E por quê? Porque
deixaram sua crença de férias. Ah, mas hoje
deve ter pouca gente lá reunida. Nem vai
valer à pena ir!
Seguidores desta ou daquela denominação,
cristãos ou não-cristãos, são todos iguais -
são humanos, só muda de endereço!
Isso nos leva a um artigo de Helmut
Koopsingraven, no livrete: Stimme mit
Standpunkt
Bola não é igual a bola?
Como no desporto. Seja Futebol, Handebol,
Tênis ou Rugby, Golfe, Pólo ou Hóquei - tudo
é jogado com uma bola. Bola é bola! Eu me vi
envolvi em uma discussão daquelas! Meus
amigos concordam: "Sejam cristãos,
muçulmanos ou judeus, todos acreditam num
mesmo deus!"
Ah, é?!
"Que absurdo", me repreendeu um deles. Os
esportes têm, entre eles, bolas
completamente diferentes.
Exatamente esse tipo de coisa, esse absurdo,
é pensar que todas as religiões pregam o
mesmo Deus, retruquei.
Como uma bola não é igual a outra bola,
assim Deus não é igual a Deus.
Entre a fé cristã e as demais religiões há
uma diferença fundamental.
Um ponto muito importante em que o Deus que
fala através da Bíblia, difere de todos os
outros deuses e concepções de Deus, é o
perdão dos pecados: "Onde há um Deus
semelhante a ti, que perdoa os pecados?"
pergunta o profeta Miquéias (leia no cap. 7,
versículo 18, no Antigo Testamento).
Jesus disse: Não temais! Eu sou o primeiro e
o último e aquele que vive. Eu estava morto,
mas eis que estou vivo pelos séculos dos
séculos e tenho as chaves da morte e do
inferno.
Outras religiões ensinam que o perdão de
seus deuses você tem que conquistar com
árdua dedicação, ganhar com alto
investimento e mérito próprio. Bem diferente
do Deus Triúno: Quem de coração lhe pede o
perdão, a esse ele perdoa os pecados. Sem
que você tenha que apresentar o merecimento!
Seu próprio filho Jesus Cristo, já
apresentou essa paga - através de sua morte
na cruz. Sem que alguém tenha merecido, ele
perdoa a todos os que crêem nele, o seu
pecado e culpa - por graça pelo amor de
Jesus Cristo.
Daí você, cristão, se ufana de sua fé, se
empolga, sem dar o devido testemunho, para
que os não-cristãos saibam no que você crê.
Então apresentamos o que nos veio de um
muçulmano:
"Aprendi com Deus que ventos fortes nos
fazem atravessar desertos como sementes e
voltamos como flores.
Aprendi com Deus que palavras voam feito
pássaros, mas atitudes silenciosas são como
árvores, que se fincam no chão, criam raízes
e dão frutos.
Aprendi com Deus que até o céu tem seu tempo
de azul e de cinza, de nuvens e de sol, de
luz e de escuridão, mas que tudo acontece no
seu tempo.
Aprendi com Deus que acordamos todas as
manhãs por que Ele é quem nos desperta para
novas batalhas, novas vitórias, novas
vivências.
Aprendi com Deus que nada é por acaso, que
para tudo e todos existe uma resposta e que
com paciência tudo se encaixa no seu devido
lugar.
Aprendi com Deus que não existe sorte,
existem bênçãos, que somos frutos de um Amor
sem igual e sem limites, e que a Fé nos faz
abençoados todos os dias pelo zelo e
misericórdia de Deus."
Considerações:
Se em Foz do Iguaçu temos o COPEFI, uma
entidade que abriga dirigentes e ministros
de denominações evangélicas, o que por um
lado fortalece o segmento que se denomina
"evangélico", mas pode soar como
discriminação, tivemos exemplo de tolerância
religiosa, pelos registros de reuniões de
bispo e scheik (inclusive no templo do
outro) para tratar de assunto em benefício
da comunidade, então podemos acreditar que
vivemos num lugar ímpar.
Que a intolerância nunca nos alcance, não
nos faça sofrer, seja em Foz, no Paraná, ou
no Brasil, terra que sempre acolheu gente de
todas as pátrias e mesmo os apátridas!
Que tenhamos conosco que "Nenhuma religião
tem todas as respostas!" - Pe.Zezinho
Que saibamos respeitar a fé de nosso
semelhante, mas que lhe testemunhemos a
nossa fé para que ele possa apreciar o nosso
testemunho e, se for da vontade do Deus
Triúno, o Espírito Santo entre em ação, faça
a sua parte, e mova o coração à crença que
defendemos, mas nunca imponhamos a outro, ou
o subjuguemos para que siga a nossa fé!
Obrigado pela leitura e a todos que saibam
respeitar a diversidade religiosa!
Edvino
Borkenhagen
Publicado em
04/01/2017