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Inseridos Temporariamente

 

Uma reflexão de Tarcisio Vanderlinde

“...uma nova geração viu a luz e habitou sobre a terra, mas não

conheceram  o caminho da ciência...” (Baruc)

 

 

O mundo multicultural do século XXI, guardada a escala, não é muito diferente da representação que o apóstolo Paulo construiu no Areópago de Atenas quando o Cristianismo dava seus primeiros passos. Em seu discurso aos Atenienses, Paulo assim se manifestou: “Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está escrito: ao Deus Desconhecido. Pois esse que adorais sem conhecer, é precisamente aquele que vos anuncio”. O fragmento está no livro de Atos.

Numa perspectiva crítica, muitos estudiosos colocam o Cristianismo, como o principal mito que marca os tempos modernos. No entanto, na origem desse suposto “mito”, existiu um personagem que pode ser comprovado por fontes documentais para além dos textos bíblicos. Num mundo multicultural vive-se rodeados de mitos, e muitas vezes, para negar histórias que não se aprecia ou causa mal estar, constroem-se outras, mais de acordo com as conveniências.

O escritor Daniel Salvatore Schiffer, revela na biografia intelectual de Umberto Eco, que o romancista teria confessado que havia perdido a fé na religião que nascera, o que não significou que tivesse virado um ateu. Há grande diferença em criticar uma religião e negar a existência de uma “força cósmica transcendental”, que é o jeito que alguns preferem para falar de Deus. Aliás, a maioria dos “ateus”, o os “sem religião”, como aponta o último censo do IBGE, são de fato críticos dos sistemas religiosos e se divertem provocando os que não creem da forma como eles creem.

Sempre me impressionou uma foto da nebulosa Águia, tirada pelo telescópio espacial Hubble no período natalino do ano de 1995 (é fácil encontrá-la na Internet). A imagem tornou-se um dos ícones da era da exploração espacial. Ela revela imponentes colunas como se fossem nuvens de tempestade à luz de estrelas brilhantes.

A majestade do panorama e a sugestão de regeneração cósmica deixaram os astrônomos que estavam espiando o universo pelas lentes do Hubble boquiabertos.

Alguns anos mais tarde, o jornal Folha de São Paulo destacou que, abrindo mão da linguagem geralmente pouco passional da profissão, os astrônomos apelidaram a mais famosa das fotos do Hubble de “Pilares da Criação”.

Muitos intelectuais, na impossibilidade de construir respostas adequadas para perguntas complicadas preferem prudentemente considerar Deus como uma “hipótese provisória”. No entanto, milhões de pessoas concordam que questões de fé jamais poderão ter um tratamento aceito como procedimento científico, muito embora, como já havia concluído Durkheim, procedimentos científicos costumam ter reminiscências religiosas. A expressão “fé na ciência”, não teria aparecido por acaso.

Há muitos séculos o autor do Livro de Jó já percebia a profundidade de certas concepções a respeito do universo ao indagar: “podes atar os laços das Plêiades ou desatar as cordas de Órion?”. Santo Agostinho refletiu demoradamente sobre a origem e dimensões do Universo. Em atitude de humildade, assim como muitos crentes da atualidade, admitiu ser difícil compreender toda a grandiosidade do universo onde estava inserido temporariamente.

Talvez fosse suficiente descansar nas palavras do escritor de Hebreus para quem pela fé se entende “que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”.
 

Tarcisio Vanderlinde

Publicado em 19/08/2011

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