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Uma reflexão sobre o teu município. O meu?

 

 O que era doce se acabou

Desde que existem, todos os municípios possuem estruturas físicas indispensáveis ao convívio social.

- Primeiramente, instalam-se os três poderes, onde há o prédio da prefeitura, câmara e fórum;

- depois a delegacia, mesa de rendas, escolas, igreja com o salão paroquial, rodoviária ou ferroviária e em geral um clube recreativo.

É o suficiente para a comunidade levar a vida, e, com o tempo, instalam o empório e mercadinho, açougue e padaria, o barbeiro e cabeleireiro; uma lojinha de materiais para construção e tudo o que é de serventia ao desenvolvimento.

Mas do jeito que a coisa vai, as cidades necessitarão de investimentos públicos não tão desejáveis, mas que se fazem indispensáveis, como, casas de atendimento aos carentes, lares de velhinhos e, inevitavelmente, presídios!

Numa simulação bem de acordo com a realidade, é possível sentir que na sociedade antes colonial e hoje moderna, graças aos avanços tecnológicos, como a televisão e internet, há graves deformações até onde o modo de vida é considerado simples e aparentemente ordeiro, como acontecia nas cidadezinhas onde diziam que era possível "dormir com as janelas abertas". Lamentavelmente, nas mesmas localidades, a paz é perturbada por gangues que sitiam a praça, fuzilam a delegacia e explodem a agência bancária.

- É um horror, "o mundo está virado", dizem os moradores. Mas se fosse só isso...

Na prefeitura, constatam desvios, superfaturamento, falcatruas das mais diversas;

  • na câmara, o serventilismo político custeado por empreiteiros e fornecedores em troca da aprovação de projetos, além do empreguismo de cabos eleitorais;

  • no fórum, a mesa do juiz se apinha com tantos processos que ele resolve não prender o ladrão de galinhas, porque tem coisas mais importantes a tratar, além do mais, o criminoso nem cabe na área carcerária da delegacia.

O dono do açougue é flagrado vendendo carne sem inspeção sanitária;

  • a mercearia é lacrada, lá há produtos vencidos e frutas desviadas por baixo do pano da Central Estadual de Abastecimento;

  • o chefe da mesa de rendas e os fiscais são denunciados em esquemas de redução de impostos e cobranças indevidas por fora;

  • o barbeiro assassinou a mulher cabeleireira em razão da passionalidade, pela suspeita dela manter relações com o pasteleiro;

  • o padre não escapou, sobre ele há acusações de pedofilia;

  • as crianças que antes brincavam de amarelinha e esconde-esconde estão viciadas no crack;

  • e no meio disso tudo, os idosos são abandonados à indigência.

Por fim, o produto mais vendido é o cadeado, para lacrar as janelas. Com tudo isso acontecendo, no meio do antes simpático povoado, surge uma estrutura de muros altos, onde metade da população vai olhar o sol nascer quadrado. Que lástima!

É o que acontece em muitos municípios brasileiros, com s populações apavoradas e, ainda por cima, as estruturas prisionais que deveriam corrigir os problemas, reintegrar e devolver os cidadãos, são quartéis generais de mafiosos, altamente capacitando uma legião de criminosos. E quando eles se matam por lá, a culpa é do secretário  de Segurança, que não tomou as providências. Ele não foi competente em fazer reinar a paz e a tranquilidade nos presídios.


Autor: Rogério Bonato
Jornal Gazeta Diário, de 07/01/2017


Considerações:

Se em Foz do Iguaçu vivenciamos uma fase bem diferente e estranha política e economicamente, serve para tirarmos lições para a vida futura.

Obrigado pela leitura e a todos que tem dado de si para termos a cidade sempre melhor e mais respeitada!

Publicado em 21/01/2017

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