A data definida para se comemorar o Natal, é
sempre um prato cheio para não-cristãos. Nós
os respeitamos!
Para nós do hemisfério sul já é contrastante
associar o papai Noel (velho gorducho e
bochechudo), vindo do pólo norte, o qual,
considerando ser um homem de pele branca,
não amarelo nem negro, cria resistência.
Se considerarmos que a data 25 de dezembro,
no hemisfério sul, está contida no forte
verão, inversamente a data está contida no
forte, úmido, frio e chuvoso inverno, no
hemisfério norte.
A considerar os pastores que cuidavam de
seus rebanhos, à noite, é pouco provável que
eles estariam apascentando os rebanhos no
inverno, e também é pouco provável que o
recenseamento teria sido convocado para
ocorrer no inverno.
Então no 4º século A.D. a Igreja Romana, por
carecer de uma data com registro seguro, do
nascimento de Jesus, instituiu como data
comemorativa (um simbolismo) o 25 de
dezembro como a data para lembrar o
natalício, coincidentemente com a data em
que os pagãos comemoravam o 'deus Sol'.
Muitas das instituições de festas e datas no
Cristianismo, não foram instituições divinas
prescritas na Bíblia, mas acomodações. O que
os judeus, dos relatos bíblicos, tinham como
festas instituídas por Deus, não são
exatamente as mesmas datas guardadas pelos
cristãos. Isso daria muito 'pano pra manga'
e não esgotaríamos o assunto.
Deus, certamente, guardou para si evidências
que os humanos gostariam de ter para seguir.
É mais uma questão de fé, do que de
evidências, ou de conhecimento. Por mais que
historiadores efetuem buscas, encontram
resquícios, os quais, se juntados, poderão
dar uma resposta parcialmente confiável.
Quanto interessa conferir se Deus foi
sincero nos seus intentos, se a tradição é
honesta (fiel) em seguir o que biblicamente
é divulgado, ou querer dar a esse ou àquele
o direito de ser o 'dono da verdade'?
Dissidentes sempre houve e sempre haverá. Se
contarmos o evento da Reforma da Igreja que,
a princípio, seria da Igreja Romana, mas que
culminou num movimento denominado
Protestantismo, surgindo diversas igrejas, e
que na maioria seguem grande parte do que a
Igreja Romana pregava, contanto que esteja
biblicamente apoiado, vemos que a
diversidade pode ser vivenciada
pacificamente.
Ninguém deve ter o direito de impor sua
crença a outrem! Ademais, guerras, como as
já ocorridas como se fossem em nome de Deus,
devem ser abominadas e os seres humanos se
permitirem viver de forma inteligente.
A propósito trazemos um excerto
da publicação da "Opinião Espírita", no
jornal A Gazeta do Iguaçu, de 20/12/2016, de
autor desconhecido, donde podemos tirar
extraordinárias lições:
O
Natal
costuma ser sempre uma
ruidosa festa;
entretanto se faz
necessário o silêncio,
para que se consiga ouvir a voz do Amor.
Natal é você,
quando se dispõe, todos os dias, a renascer
e deixar que Deus penetre em sua alma.
O
pinheiro de Natal
é você, quando com sua força resiste aos
ventos e dificuldades da vida.
Você é a
decoração de Natal,
quando suas virtudes são cores que enfeitam
sua vida.
Você é o
sino de Natal,
quando chama, congrega, reúne.
A
luz de Natal
é você quando com uma vida de bondade,
paciência, alegria e generosidade consegue
ser luz a iluminar o caminho dos outros.
Você é o
anjo do Natal
quando consegue entoar e cantar sua mensagem
de paz, justiça e de amor.
A estrela-guia do Natal é você, quando
consegue levar alguém ao encontro do Senhor.
Você será os
Reis Magos
quando conseguir dar, de presente, o melhor
de si, indistintamente, a todos.
A música de Natal é você, quando consegue
também sua harmonia interior.
O
presente de Natal
é você, quando consegue comportar-se como
verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser
humano.
O
cartão de Natal
é você, quando a bondade está escrita no
gesto de amor, de suas mãos.
Você será os "votos
de Feliz Natal"
quando perdoar, restabelecendo de novo, a
paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifcio.
A
ceia de Natal
é você, quando sacia de pão e esperança,
qualquer carente ao seu lado.
Você é a
noite de Natal
quando consciente, humilde, longe de ruídos
e de grandes celebrações, em silêncio recebe
o Salvador do Mundo.
Um Feliz Natal a todos que procuram
assemelhar-se com esse Natal.
Esta é a expressão do verdadeiro Natal,
quando socorremos as necessidades alheias
amando e servindo em nome de Jesus, o
sublime aniversariante, muitas vezes
esquecido.
Considerações:
O Natal, se celebrado pelos cristãos em data
que seres humanos estabeleceram, ou
vivenciado por não-cristãos como mero
feriado, ou data para troca de presentes,
pode ter diferentes sentidos. Cabe a cada
uma escolher o seu!
Dar presentes, se tratado como simbolismo
com base nos magos relatados na Bíblia,
também deveria ser um ato relativo ao
aniversariante (Jesus), mas o consumismo
aproveitou esse sentimento e estimula o
hábito, pelo lucro.
Longe de nós o querermos forçar alguém a
aceitar aquilo que defendemos.
Cada um tem o direito a crer ou não crer no
que lhe seja apresentado, mas salutar é
dialogar e respeitar a opinião do outro e
conviver em paz. Afinal, depois de virar
esquife, ninguém prosseguirá debate algum.
Que a paz habite o coração de todos!
Obrigado pela leitura!
Edvino
Borkenhagen
Publicado em
28/12/2016