Quem nos
acompanhar e quem 'navegar' pelo sítio da BORKENHAGEN, desfrutará, como
sempre, de artigos do
Professor Tarcísio Vanderlinde, mas agora, nos encaminhando aos festejos dos
500 Anos da
Reforma Protestante Luterana,
será privilegiado com escritos que, certamente, trarão ainda mais clareza ao
tema. Acompanhe!
O artigo desta semana pode
chamar para a UNIDADE NA DIVERSIDADE.
Em muitos templos, de
diferentes denominações, estará sendo cantado o hino "Castelo
Forte é nosso Deus"
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Em sua biografia sobre Martinho Lutero o escritor Martin Dreher afiança que
apesar de crítico mordaz, o
Reformador não tinha intenção de
romper com Roma. Queria muito mais uma reforma da Igreja
do que confronto com ela. Uma análise isenta dos fatos nos levam a esta
conclusão, porém, as complexas circunstâncias sociopolíticas e
religiosas o levaram a um rompimento irreversível.
Lutero
teve dificuldades em lidar com a sociedade onde se encontrava.
Política e religião se entrelaçavam fortemente ao final da Idade
Média. Inquieto, não raras vezes, sentia-se desconfortável no
ambiente onde vivia. Em sua reclusão monástica, “viveu num mosteiro fora
de tempo e espaço, sem história. Nada soube do que acontecia na história
de sua região. Não tinha ideia do que estava acontecendo quando foi lançado
no palco dos grandes acontecimentos da história. E isso teve
consequências por vezes complicadas”.
Dreher conta que Lutero
observou os votos monásticos de agostiniano com exceção de um: o da
obediência. “O monge Luder trajava-se com hábito negro, preso com cinto
de couro preto. Sobre ele vestia uma escápula branca. Camisa de lã servia de
camiseta. [...] Lutero usou o hábito negro muito tempo após haver rompido
com Roma. Um mosteiro, o de Wittenberg, foi sua residência até a morte”.
Suas contribuições ao protestantismo emergiram inicialmente de sua
empolgação pela música e pelas letras.
Canções compostas por Lutero
como o conhecidíssimo “Castelo
Forte”, continuam sendo cantadas no tempo presente.
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saiba mais!
Em eruditos como Erasmo, com o
qual teve controvérsias sobre a concepção do “livre-arbítrio”, Lutero
buscou subsídios para uma melhor compreensão dos textos bíblicos. Porém ele
próprio admitia lutas com os textos sagrados após constatar que as
interpretações existentes eram de pouco proveito. Acaba concluindo que era
preferível enxergar com os próprios olhos do que com olhos alheios.
Lutero foi um
escritor compulsivo chegando a produzir grande volume de publicações
anuais. Detinha um vocabulário riquíssimo. Sua habilidade na escrita
era reconhecida inclusive por seus adversários.
O ano de 1520 seria marcado
pelos principais tratados que iriam caracterizar os princípios da teologia
protestante. “Do cativeiro babilônico da igreja” pode ser considerado
o texto mais relevante. Nele Lutero denuncia o despotismo do
papado e propõe a reforma. Mais tarde, em fase que Dreher considera
como senil, Lutero produziria alguns textos comprometedores, principalmente
direcionados a camponeses e judeus. O texto sobre os judeus teve reflexos
dramáticos no século XX e serviu como pretexto para estimular o
antissemitismo.
Em seus escritos, Lutero
costumava contar com um auxiliar hábil e de grande erudição que
conseguia ser até mais arguto e duro do que ele próprio. Trata-se de Filipe
Melanchthon, humanista e discípulo de Erasmo. “Dominava o grego, conhecia as
fontes para os estudos de Teologia, e Lutero dobrou-se aos seus
conhecimentos, vendo nele também aquele que poderia continuar sua obra,
caso viesse a falecer”.
Na
Dieta de Worms, diante
do imperador
Carlos V, instado a revogar seus escritos, Lutero se
posicionaria definitivamente a respeito dos mesmos. Dreher transcreve a
posição do
Reformador: “[...]
estou convencido pelas passagens
da Sagrada Escritura que mencionei, e minha consciência está presa à palavra
de Deus, e não posso nem quero revogar qualquer coisa, pois não é sem perigo
nem salutar agir contra a consciência. De outra maneira não posso; aqui
estou, que Deus me ajude! Amém!”.
Autoria:
Tarcisio Vanderlinde
Publicado em 27/10/2017
Sobre a
Dieta de Worms,
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que publica a Wikipédia.
Se você ler o indicado acima
entenderá como
é bom
não mais sermos queimados vivos pela
igreja dominante!
Foto cedida pelo autor:
A "Resposta de Lutero", diante do imperador Carlos V,
na Dieta de Worms
Obrigado a Martinho Lutero
pela liberdade de expressão que hoje desfrutamos!
O artigo do professor Vanderlinde reforça o que
publicamos na Coluna Mensageiro.
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