Ambiente de trabalho é para produzir serviço, satisfação e renda. As normas para o desempenho de cada tarefa devem ser claras, serem de conhecimento dos empregados, inclusive eventuais sanções pelo descumprimento, devem estar previstas.

Se um empregado não interpreta de acordo o que lhe é dado como tarefa, pode necessitar de maior orientação. Se ainda assim não assimila, é prudente liberá-lo tão logo seja possível, para não contagiar outros empregados.

No Rio de Janeiro, numa transportadora de pessoas, a serviço de um empreendimento de terraplanagem, o gerente, segundo testemunhas, usava de termos pesados ao chamar a atenção de empregados. Um motorista ingressou com ação no TRT requerendo indenização por danos morais, por ser humilhado diariamente pelo seu superior, o que foi confirmado por colegas de trabalho.

A autoridade julgadora entendeu que a empregadora foi negligente diante da conduta do gerente com o autor da ação e também com outros empregados.

Humilhar empregado, chamando-o de “burro”, não o tornará melhor, mas lhe dará forças para reclamar por uma indenização. No caso abordado foi de R$ 10 Mil, pois a juíza interpretou que “xingamento no trabalho, afeta o estado psicológico do empregado, que passa a colocar em dúvida sua competência para o trabalho. Há um abalo da autoestima".

Orientar? Sim! Alertar? Sim! Advertir? Sim! Xingar? Não! Demitir? Sim!

As leis existem tanto para empregados quanto para empregadores. Limitar-se a o que é permitido, é aconselhável.

FOI DEMITIDO? COMO TRATAR ISSO?

Ninguém é eterno em emprego algum. A demissão pode ocorrer por motivos os mais diversos, como por exemplo a postura inadequada, a falta de atualização para as tarefas que deveria desenvolver, a queda na produção, o volume de erros nos serviços apresentados, a queda nas vendas, mudança no quadro societário ou na atividade a desenvolver, fazendo sobrar pessoas com qualificações boas, mas não aptas para o novo segmento, ou até porque é de praxe a “renovação” do quadro laboral, periodicamente.

Como o demitido deve se manifestar a respeito da última empregadora, quando for à busca de novo emprego?

Nós acreditamos que a palavra-chave é: sinceridade.

Se foi demitido por queda na produção, incompatibilidade de gênios com o novo superior, ou outro motivo que justificasse a iniciativa pela demissão, é melhor falar a verdade, pois assim o candidato mostra credibilidade, humildade e integridade.

Se mentir pode dificultar a aprovação na entrevista, pois mais dias menos dias a verdade vem à tona. Não pense alguém que se falar mal do empregador anterior, torna o candidato com mais chances.

A Catho divulgou artigo com o título: Saiu da empresa? Veja como falar sobre ela em uma entrevista.

Ser íntegro é merecer crédito!

Muita gente recebe proposta para adquirir um empreendimento em funcionamento. Pode ser um bom negócio. Pode, também, ser uma cilada.

Antes de fechar o negócio, admita a possibilidade de consultar o Departamento Pessoal de quem faz a folha de Pagamento daquela pessoa jurídica.

Conheça o que ocorreu num “lava rápido”, um estabelecimento com uma atividade bastante comum. O que poderia complicar comprar um empreendimento destes sem consultar o DP? Pois bem, o empreendimento em si pode ser rentável, você fazer um investimento a mais, pode dar um “up” e conseguir ainda mais clientes, melhorar a fachada, a pintura, a apresentação, pode transmitir mais conforto, e assim por diante, mas...

O novo proprietário, após tomar posse, surpreendeu-se com a existência de um cidadão trabalhando lá, que não constava na Folha de Pagamentos. Por que? Ora, porque não havia sido registrado.

Foi ele solicitar ao empregado a CTPS, mas essa não era trazida, até por fim o empregador, não gostando de agir na ilegalidade, apresentou o assunto à Polícia, sim, à Polícia, onde foi lavrado Boletim de Ocorrência.

Daí apareceu um advogado postando que não precisaria ser tão enérgico a ponto de registrar um BO. Bastaria dar uma advertência. Ah, sim! Por acaso esteve o advogado lá no estabelecimento para ouvir quantas vezes o novo proprietário requereu a Carteira de Trabalho?

O negócio é o seguinte: O tal “empregado” ingressou em juízo requerendo o registro com data anterior à mudança de proprietário. O novo proprietário queria assumir o registro a partir da data da transação. A Justiça, claro, assim diz a lei, respondeu que o registro deve ser reconhecido desde a data em que haja evidências de que o reclamante houvesse prestado serviço naquele “lava rápido”.

Viu só?!