Imagina uma família viajando de carro!
A estrada é plana; a vegetação, às margens, é baixa; a visibilidade é boa; o clima no carro é ótimo, mas de repente o motorista vislumbra se aproximarem nuvens escuras, e sente que a força do vento afeta a estabilidade do carro. Dá medo? Se não acelerar muito, talvez nem abale a viagem. Começa a chover; são pingos graúdos; pedras de granizo, que vão engrossando até chegarem a se parecer bolinhas de pingue-pongue. Correr pra onde, se não há nem mesmo árvores para tentar usá-las como abrigo? O pára-brisas quebra; as crianças entram em desespero; chove dentro do carro, mas a família não sofre qualquer dano, dentro do veículo, parado no acostamento. Ninguém está livre de uma dessas!
Quantas notícias de fortes vendavais já ouvimos e vimos na TV, não é?! A solidariedade ocorre depois da tempestade; todos os moradores se ajudam mutuamente a minimizar as perdas. Quando as forças são unidas, a dor, o sofrimento, o abalo é atenuado.
Nos Estados Unidos da América do Norte, numa estreita faixa costeira entre o Sul do Oregon e da Califórnia central, crescem árvores de uma singularidade impressionante. Nascem de uma semente muito pequena e chegam a altura de um prédio de 30 andares. Elas são muito fortes e resistem a quase tudo, desde fortes ventos até grandes incêndios, devido à sua casca muito grossa.
As raízes de uma árvore se entrelaçam com as de outras árvores. Não só as raízes, mas também os galhos se entrelaçam, o que lhes dá resistência contra as fortes tempestades de até 160 km/h. É como se a floresta fosse constituída de um só abraço. Se estivessem isoladas elas não resistiriam às intempéries durante séculos, chegando a viver até 2 mil anos. Isso mesmo! As sequóias gigantes são árvores ímpares no mundo. Enquanto há frescor e umidade na base, impera o vento e a secura no topo delas.
Há relato de uma sequóia, sadia, de cerca de 600 anos, que estava morrendo, sem que os técnicos a pudessem manter viva. Quando ela tombou mortalmente, os cientistas descobriram que minúsculos insetos haviam se infiltrado, de leve, em suas raízes, minando o interior dela, até provocarem sua morte. Mesmo já tendo suportado ventanias, furacões e incêndios, os insignificantes bichinhos a derrubaram.
Nós também podemos ser vítimas de “insignificantes bichinhos” que venham a minar nosso coração, nossa mente, nos fazendo enfraquecer, até tombarmos. Podemos ter sido um baluarte de firmeza em convicções, em boas ações, em ajuda ao semelhante, em fé, em unidade familiar, mas se nos descuidarmos com os tais “bichinhos” como a mágoa, a depressão, a tristeza, a solidão e outros sentimentos mais, eles podem nos destruir e ainda nos tirar a vida. Convém que nos entrelacemos como família, dando apoio às raízes mais fracas e recebendo apoio das raízes mais firmes.
A família é o melhor lugar pra se praticar o abraço, para o fortalecimento mútuo. Se alguém faz pouco caso daquele que necessita de apoio, o deixará ainda mais frágil e, se não houver uma mudança de comportamento, pode ocorrer de alguém vir a falecer. Daí o abraço ficará sem valor!
Edvino Borkenhagen
Coluna Mensageiro – Registro 0123526, 18/08/2003, Títulos e Documentos
ANO XX, Mensagem 1.025
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Da terra dos superlativos
Dentre as sequoias gigantes existentes, na Califórnia, no Calaveras Big Trees State 
Park, havia uma, com mais de 45 metros de altura, a Pioneer Cabin Tree, que tinha uma abertura escavada há 137 anos, como se fosse um túnel, grande o suficiente para um carro conseguir passar.
Por esta abertura passaram automóveis e milhares de visitantes atraídos pela raridade.
A árvore, com idade de mais de 1.000 anos, que tinha cerca de 10 metros de diâmetro, não conseguiu resistir à tempestade que afetou a Califórnia
em 06 de Janeiro de 2017, e tombou morta.
Pessoas do mundo inteiro, que prezam a natureza, ao tomarem conhecimento ficaram sensibilizadas.
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Eu mesmo, há cerca de 50 anos, ainda em Santa Rosa – RS, ao fazer um breve curso de inglês por livretes ofertados pela emissora local, senti grande surpresa ao ver impressa foto daquela sequoia gigante, com sua abertura e, na foto, efetivamente aparecendo um automóvel como que passando por um túnel.
As fotos acima foram coletadas na Internet, preservando os direitos autorais.
BORKENHAGEN – 34 ANOS INCENTIVANDO O AMOR ENTRE PESSOAS E À NATUREZA!
