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Avenida Doutor Damião, nº 62 - América

A última Prestação de Contas

Nós Contadores, de acordo com nossa filosofia, com os princípios de nossa ciência, com nossa ética profissional, e conforme as convenções humanas aceitas pelos povos, somos defensores da razão, da verdade, dos valores humanos e espirituais.

Nosso anel retrata isso,
– de um lado o mito de Hermes, como um deus que defende o comércio, a verdade; o deus da razão, e
– do outro lado, as tábuas da lei que foram dadas a Moisés pelo único DEUS VIVO, demonstrando que
– temos que respeitar uma regra para mostrar NOSSAS CONTAS,
– temos que respeitar A LEI DIVINA retratada em parte nas leis dos homens.

Os termos interpretação, lógica, razão, relação, verdade, logos, são todos contábeis, pois vieram das condições do pensamento racional com as coisas dadas ao homem, e que podiam ser alteradas pelo homem, para o bem do ser e da comunidade.

Infeliz é o Contador que não possui a ética, como a ciência do homem, a regra prática filosófica, de fazer o bem, de dizer a verdade, e de prestar contas da VERDADE, a TODOS!

Ou seja, naturalmente a Contabilidade é a Ciência da Verdade e da Razão dos fatos, da sinceridade dos fenômenos sociais que acontecem nos patrimônios individuais e públicos; não poderia ser diferente, se o fosse, não seria Contabilidade, seria ciência da mentira, pura erística, sofisma, erro, paralogismo, e algo satânico, que não pertence a Deus e muito menos à sabedora divina dada ao homem.

Interessante que é natural ao Contador e à nossa ciência não apenas demonstrar a verdade, porém, dar testemunho dela, ou seja PRESTAR CONTAS.

IMPOSSÍVEL é dizer que a um Contador é permitido conchavos, conluios, acordos fechados, jogos de interesse, ações estapafúrdias, lesões a terceiros, acordos inadequados, relações mesquinhas, interesses medíocres, práticas ilícitas, corrupção, detrimento do patrimônio público e privado, fraudes, danos, dolos, e coisas que tais que só prejudicam os seres e à sociedade.

Todavia, aqueles que muitas vezes estão para dar-nos exemplos, podem ser-nos contrários, isto é, podem defender tudo aquilo que desfavorece à lisura e exatidão das contas, das informações que registram os fatos.

Há, pois, diversos tipos de detrimentos e lesões das prestações de contas da verdade patrimonial e das instituições, que podemos exemplificar:

  1. Conchavos e conluios para fraudar ao fisco
  2. Acordos de cargos em instituições públicas e privadas
  3. Jogos de interesse
  4. Vaidade de cargos
  5. Desejo de poder
  6. Troca de cargos por política
  7. Troca de cargos por interesses mesquinhos
  8. Favorecimento de pessoas sem concurso público em instituições públicas
  9. Admissões sem competências em instituições privadas
  10. Aceitação de fatos só por questões partidárias e sectárias
  11. “Panelas de pressão” com joguinhos medíocres
  12. Práticas ridículas de valorização do inadequado
  13. Práticas de “puxa-sacos”
  14. Valorização do que não é de interesse coletivo nem individual
  15. Destruição do dinheiro público
  16. Evasão espúrias de numerários
  17. Fraudes nas contas de caráter social
  18. Fraudes no patrimônio individual
  19. Conchavos em instituições classistas
  20. Prejuízos de profissionais
  21. Prejuízos de terceiros
  22. Favorecimentos pessoais
  23. Utilização de máquinas públicas em interesses próprios
  24. Superfaturamentos em licitações com interesses pessoais
  25. “Doações” de cargo com objetivos mesquinhos
  26. Destruição total da credibilidade de um órgão público
  27. Destruição total da credibilidade de um instituto privado
  28. Formação de quadrilha
  29. Formação de “clubes da Luluzinha”
  30. Criação de “botecos” no lugar de reuniões sérias
  31. Reuniões secretas com interesses espúrios
  32. Acordos que não visam interesse da coletividade quando o instituto é público
  33. Status quo em máfias corruptas
  34. Formação de máfias
  35. Estagnação das máquinas públicas
  36. Acordos secretos
  37. Acordos fechados
  38. Omissão em assuntos importantes até da classe
  39. Omissão em combate à corrupção
  40. Omissão em manifestações necessárias
  41. Favorecimento de pessoas da “panela de pressão”
  42. Trocas e dádivas esdrúxulas aos interesses técnicos
  43. Elevação de imagem sem competência
  44. Ganhos ilícitos
  45. Multiplicação de salários de modo fraudulento
  46. Multiplicação de salários de modo corrupto
  47. Pagamentos fraudulentos
  48. Promessas vazias
  49. Falta de caráter e personalidade humana em funções públicas
  50. Quebras de sigilos
  51. Auxílio à corrupção

Infelizmente estas práticas e ações são comuns em empresas, prefeituras, câmaras, governos, partidos, instituições de classe, e até em Igrejas.

Lamentavelmente, no Brasil, vemos este retrato que recrudesce a visão não apenas do Contador, mas da lisura nas prestações de contas, porque ao Contador compete estar na empresa, ser-lhe o representante, o preposto, o corresponsável, o solidário pelos atos e fatos da administração, registrando-os, e ao mesmo tempo, defendendo as demonstrações da realidade.

Se um Contador comete estes atos, não está apenas cometendo falhas éticas graves, mas crimes reais, que não são coniventes nem com o nome da profissão que defende, muito menos com a ciência a qual levanta a bandeira, de cunho milenar e sagrado.

Nós Contadores somos guardiões da verdade,
da razão das empresas,
da firma empresarial,
da prosperidade,
da fortuna dos empreendimentos,
da grandeza das nações,
da evolução social,
não podemos jamais nos submeter a este tipo de prática, e os que estão também nos cumes de representação profissional são, pois, mais responsáveis, e não podem ou poderiam atuar nestes tipos de ações nefastas, que não apenas sujam o nome do “profissional” que o faz, como também mancha a credibilidade desta nobre disciplina, que sempre auxiliou os povos a saírem da inverdade para a luz, por meio da capitalização e prosperidade social, de suas demonstrações informacionais e racionais.

A questão da prestação de contas nesta vida, é algo muito sério, sujeita a sanções éticas, disciplinares, e até criminais.
Isso quando descoberto o dano e o dolo.
Todavia, muitos passam DESAPERCEBIDOS nesta condição terrena de transparência das informações.

O problema é a questão da prestação de contas com o CRIADOR!

Nenhum ser humano por mais descrente que seja, deixa de acreditar na MORTE.

Ora a tese de Heráclito que tudo flui, na verdade tinha um contrário, se tudo é passível à mutação é porque o Ser incriado não poderia mudar jamais, portanto, a temporalidade muda, mas o eterno não, sem dúvida, era um apelo ao imutável, ao transcendente, ao real, àquilo que nunca passa.

Para os gregos a eternidade seria sinônimo do infinito, e este teria um grau de divindade.
Foi Aristóteles o primeiro teólogo que dizia que Deus seria um só, e que o verdadeiro ser não poderia mudar, porque viria de uma causa própria, de um efeito não causado, um fato absoluto, um permanente que não deixaria de existir jamais.
Foi o mestre de Estagira que deu o grau de ciência ao estudo de Deus, dizendo que o verdadeiro Ser é o Absoluto, que todos os seres têm dele apenas uma sombra.

Com a filosofia judaica que veio das revelações de Deus, se percebeu que na verdade o homem existe para se encontrar com o Criador, que não existe a totalidade deste mundo, aqui tudo passa (embora poucos não pensem assim, fazendo “castelos de baralho”).

O mesmo vemos no mundo cristão, a morte para o cristão é uma vitória, é o cume de toda uma vida, é a coroação de um trabalho, se combateu o bom combate, fez sacrifícios, e viveu a fé, então deverá ser considerado um bom cristão perante o reino do tudo, senão será uma pessoa má, e aos maus há um castigo eterno.

Pois bem, da morte ninguém escapa. Se não podemos fugir da morte, não podemos escapar do julgamento.

Cada ação nossa está sendo anotada no livro de Deus, isto é, em nossa consciência, porém, existe a lei de Deus, portanto, aqueles que são cristãos especialmente (e todos os que professam um credo também, porque Deus é um só), têm uma responsabilidade muito grande, não apenas com as obras de misericórdia, como para com o cumprimento dos mandamentos divinos.
Pecados todos temos, mas a questão é não produzirmos PECADOS PÚBLICOS que são os mais graves.
Aqueles volvidos à corrupção que são contra a verdade das contas, ou dos atos e fatos de nossa ação no mundo.

Ao corrupto não importa morrer, importa viver para fazer o mal, enquanto estiver vivo fará tudo aquilo que lhe compete, roubará, lesará terceiros, não dará o verdadeiro valor a quem deve, será omisso na luta contra o mal, fará conchavos, conluios, desviará recursos, falará mal de quem é bom, e terá todo um conjunto de atos maus.

Ao Contador que presta as contas de modo fraudulento, que não importa em perseguir, em fazer o mal, que gosta das vaidades e dos desejos de cargos, que luta para estar à frente sem méritos, que impede os bons de prosseguirem, a estes o DESTINO SERÁ IGUAL AO DOS OUTROS: SER JULGADO.

Ou seja, todos DEVEREMOS UM DIA MOSTRAR O NOSSO BALANÇO PARA COM O SENHOR DA VIDA E DA MORTE.

Se morremos e seremos julgados, todas as nossas ações terão um peso, embora para muitos os pecados são simplesmente “escolhas de vida”, se acostumaram com o mal (e viverão com ele para sempre), e com as tratativas, todavia, neste mundo cruel, do homem que não pensa em Deus, não prevalece estas ações, porque existe um fim para o homem, que é a MORTE.

Os que assim agem não pensam em um dia prestarem contas com Deus.

Ninguém escapará do juízo do Ser Eterno.

Nosso Senhor bem dizia, se devemos algo a alguém, temos que reconciliar e pagar este algo, para depois voltarmos ao sacrifício do altar.
Muitos dos que fazem o mal não gostam de Deus.
E outros até pegam a fila da comunhão.
A maioria se diz católico, portanto, mente.
Ficarão para sempre com o pai da mentira.

Mormente, é claro que estas ações públicas, visíveis aos olhos de todos os profissionais, são realmente passíveis de condenação.
Ou seja, elas deverão ser cobradas no altar da justiça, daquele que tudo vê e que nada escapa dos seus olhos e do seu poder.
Nós mentimos para o homem, para uma sociedade, e até para uma classe, mas PARA DEUS NINGUÉM MENTE.

Pensemos bem neste artigo, pois, aqueles que fazem o bem, e trabalham bem as suas prestações de contas profissionais, com ética, com respeito, com técnica, são pois agraciados com o dom da virtude e da bondade, estes serão recompensados pelo PAI ETERNO, porque poderão prestar contas dos atos e fatos da ação que perfizeram durante toda uma vida, volvida para o bem, para a caridade, para o respeito humano e social.

E agora aqueles que burlam aos olhos do homem,
são gatunos,
são ladrões,
são corruptos,
são perseguidores,
são defensores do crime, da fraude, da maldade, da sacanagem, da ausência de princípios, da pouca vergonha, da contradição entre os homens, dos atos espúrios, dos benefícios pessoais, dos interesses individuais ilícitos, dos favorecimentos aéticos, dos usos de máquinas públicas para si mesmos, estes deverão também prestar CONTAS DE SUA ADMINISTRAÇÃO NA TERRA.

Pense bem, como SERÁ A SUA PRESTAÇÃO DE CONTAS COM DEUS?
Da morte ninguém escapará!
Você dirá o quê a Ele que é a VERDADE?
O que dirá quando for testado nas perguntas sobre a sua CONDUTA PERANTE UMA CIÊNCIA, UMA PROFISSÃO, UMA CLASSE, E UMA SOCIEDADE?

Hoje você está com saúde, e pensa em fazer o mal, como que ninguém lhe vê.
Para fazer a maldade você se une com os inimigos.
Você se vende como moeda de troca.
Você aceita ser Judas.
Você topa fazer armadilhas para ter vaidades e interesses próprios.
Beija a boca dos detestáveis.
Vende o seu caráter, e troca a sua personalidade o tempo todo.
Você mente, e justifica a sua mentira na sua maldade.
Você prova que o que interessa é o dinheiro somente, a qualquer custo, e de qualquer modo.
Você é contra a imparcialidade e a independência profissional e ética.
Que contas você prestará a Deus?
Que Contador você será diante do palco da eternidade? Ou será que não existem coisas erradas?
Vale tudo para você fazer o que quer?

Se você lesou a alguém, e ajudou em fraudes, para ter um verdadeiro arrependimento deverá devolver cada centavo.
Se não o fizer, eternamente será cobrado de uma prestação de contas que não fizera.
Não sairá da prisão até pagar tudo.
E se a condenação for eterna? …

Pense bem: que Contador você será, que prestação de contas da vida você demonstrará àquele que É O VERDADEIRO SER, O VERDADEIRO JUIZ?

Como será a sua PRESTAÇÃO DE CONTAS?
Que contas você PRESTARÁ PARA COM DEUS?
Que Contador você será diante do SER ETERNO, DO REI DA ETERNIDADE, DO DONO DO REINO SEM FIM?

COMO SERÁ A SUA ÚLTIMA PRESTAÇÃO DE CONTAS?

Autor: Professor Rodrigo Antonio Chaves

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