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E tu trabalhaste no feriado de Páscoa?

Coluna Mensageiro
Em primeiro lugar é interessante traçar um paralelo entre
trabalhar e prestar serviço,
pois trabalhar é realizar algo subjugado, enquanto prestar serviço é realizar algo de boa vontade, espontâneo, com amor, com dedicação, e assim por diante, mas claro que em ambas as modalidades há uma compensação, ou em dinheiro na forma de salário, paga, ou pró-labore, ou apenas a sensação de dever cumprido, sensação de realização, sensação de ter ajudado o próximo, sensação de crescer a cada dia que presta mais serviços, sensação de crescer profissionalmente quanto mais se especializa no que faz, ou quanto mais estuda como melhor prestar o serviço e obter mais rendimento e mais ganho, obter mais satisfação e mais reconhecimento pelo tomador dos serviços.

Se lembrarmos a origem da Páscoa, festa em que os cristãos celebraram, rememoraram, a passagem da escravidão, dos israelitas, para a liberdade e, depois, simbolizando a libertação do pecado e a obtenção do perdão, lembramos que o ‘povo escolhido de Deustrabalhava no Egito e, pior ainda: trabalhava como escravo, em condições as mais adversas, sob vigilância, sob brutalidade, mas quando estava perto do fim do prazo estabelecido no “Plano”, Deus prometeu a eles que os libertaria do jugo egípcio. Isso serve como simbolismo para lembrarem que não foi por forças próprias que obtiveram a liberdade, mas pela mão de Deus.

Traçado o paralelo, apontada a origem da comemoração, vamos à proposta do título: E tu trabalhaste no feriado de Páscoa?
Pois é, se começarmos pelo pessoal dos grandes supermercados, poderemos encontrar empregados que dirão, sim, que trabalharam, até contrariados, pois gostariam de estar com a família, quando os demais estavam de folga, especificamente na Sexta-feira da Paixão.
A pergunta para esses seria: Quando buscaste uma vaga de emprego, te propuseste a trabalhar ou prestar serviço?
Sabias de antemão que o supermercado abriria na Sexta-feira Santa e que tu poderias ser escalado para atuar naquele dia, talvez não só num ano, mas em 3 anos seguidos?
Por que aceitaste o emprego? Para reclamar depois ao ir trabalhar em vez de ir prestar serviço e atender bem o cliente?

E o que dizer, então, dos profissionais da saúde, ou digamos, de todos os serviços “essenciais”, se não houvesse quem ali estivesse para prestar serviço, e um de nós carecesse desse serviço?!
Se um médico, e a equipe necessária, não estivesse de plantão num feriado, e alguém de nós precisasse de seus serviços para atender uma emergência com nosso bebê, seria bem valorizado o atendimento, não é?!
Mas agora, se tu fosses o médico, ou alguém da equipe de apoio, que atendeu e salvou o bebê, da morte, sentirias que valeu à pena estar prestando serviço no feriado? Sim, né?!
Então olha por este ângulo: “Não importa o que você faz, mas como você faz!”.

Se um guia de turismo, ou alguém lotado em um empreendimento receptivo, fosse ao seu local de atuação, resignado porque é feriado, como trataria o cliente, o turista?
Que satisfação teria ele, e que satisfação teria o turista?
Ah, com certeza se eu fosse o turista, se tu fosses o turista, gostaria de ser atendido por alguém que foi prestar serviço e não por alguém que foi trabalhar no feriado!

Quem atua com dignidade, recebe respeito!

Edvino Borkenhagen

Coluna Mensageiro – Registro 0123526, 18/08/2003 – Títulos e Documentos
Publicada em 26/04/2019 no jornal Gazeta Diário – Ano XXI – Mensagem 1.083

BORKENHAGEN 36 ANOS  VALORIZANDO A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO!

 

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