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Estás como lagarta, casulo ou borboleta?

Parece cretina a pergunta, mas em muitos momentos temos que definir nossa posição.
Utilizamos esse título provocante, pra te fazer refletir sobre três situções:
– Estás tal qual lagarta, a rastejar, a devorar, o que te pareça nutritivo, no intuito de te alimentar bem, ficar forte, viver a vida e morrer?
– Estás tal qual um casulo, onde o ocupante entendeu que já cumpriu sua missão e, por isso, já pode morrer? Ou
– Estás tal qual uma borboleta que encontrou o sentido da vida e, depois desse renascimento, vive com alegria testemunhando aos outros que, após a morte ainda há vida em abundância, mas diferente da anterior?

Nos servimos da "reflexão" do Momento Espírita, sob o título "No reino das borboletas", em que é feita uma excelente analogia entre a passagem da forma de ruga, de lagarta, para a forma de borboleta, e de outro lado a forma humana física/material (corruptível) para a forma espiritual (incorruptível).
Siga o texto:

À beira de um pântano, uma borboleta pousou sobre um ninho de larvas e falou para as pequenas lagartas:
Olá! Sou irmã de vocês!
Venho lhes dizer para terem esperança. Nem sempre ficarão coladas às ervas do pântano!
Esforcem-se para não sucumbir aos golpes da ventania que, de quando em quando, varre a paisagem.
Esperem! Depois do sono que as aguarda, todas acordarão com asas de puro veludo, refletindo o esplendor solar.
Então, não mais se arrastarão, presas ao solo úmido e triste. Adquirirão preciosa visão da vida, pois poderão subir muito alto e seu alimento será o néctar das flores.
Viajarão deslumbradas, contemplando o mundo, sob novo prisma!

Enquanto a mensageira fez ligeira pausa, ouviam-se exclamações admiradas:
Que misteriosa criatura!
Será uma fada milagrosa?
Nada possui de comum conosco…

Irradiando o suave aroma do jardim de onde viera, a linda visitante sorriu e continuou:
Não se iludam! Não sou uma fada celeste!
Minhas asas são parte integrante da nova forma que a natureza lhes reserva.
Ontem, eu vivia com vocês. Amanhã viverão comigo! Flutuarão no imenso espaço, em voos sublimes em plena luz. Libertas do lodaçal, se elevarão felizes.
Conhecerão a beleza das copas floridas e o saboroso néctar das pétalas perfumadas.
Contemplarão a altura e a amplitude do firmamento…

Logo após, lançando carinhoso olhar à família alvoroçada, abriu as asas coloridas e, voando com graciosidade, desapareceu no infinito azul.

Nisso, chegou ao ninho a lagarta mais velha do grupo e, ouvindo os comentários empolgados das companheiras jovens, ordenou irritada:
Calem-se e escutem! Tudo isso é insensatez, mentiras, divagações.
Não nos iludamos! Nunca teremos asas!
Somos lagartas, nada mais que lagartas. Sejamos práticas, no imediatismo da própria vida.
Esqueçam-se de pretensos seres alados que não existem.
Precisamos simplesmente comer e comer… Depois vem o sono, a morte… E o nada… Nada mais…

As lagartas calaram-se, desencantadas.

Caiu a noite e, em meio à sombra, a lagarta chefe adormeceu, sem despertar no outro dia.
Estava completamente imóvel.
As irmãs, preocupadas, observavam curiosas o fenômeno…
Depois de algum tempo, para espanto de todas, a ignorante e descrente orientadora surgiu como veludosa borboleta, de asas leves e ligeiras, a bailar no ar…

*   *   *

À semelhança da formosa borboleta que desceu às faixas escuras onde rastejavam suas irmãs lagartas, um dia, a Humanidade também recebeu a visita de um Ser Sublime [Jesus], que veio trazer consolo e esperança.
Falou da vida triunfante para além do casulo físico.
Ele próprio, após desvencilhar-se do corpo físico, surgiu mais livre e mais brilhante que antes, mostrando-se aos discípulos, aos amigos.
Depois, com leveza, desapareceu na imensidão azul [no dia da Ascensão], diante de quinhentas testemunhas, admiradas, na distante Galileia…

Apesar do tempo transcorrido, ainda existem aqueles que preferem acreditar que o que nos espera para além da morte é o nada.
– Não nos iludamos! [Pode alguém pensar que é tal qual uma lagarta que acredita que, ao morrer tudo se acaba];
– Somos imortais! [Ficar num casulo, ser colocado num caixão fúnebre, não é o fim de tudo];
– Viveremos! [Quem crer na obra de Jesus tem a promessa de um dia ressuscitar, tal qual a borboleta, em corpo incorruptível]

Redação do Momento Espírita
Em 29/07/2020
Borboleta – Judy Cipriano

BORKENHAGEN 37 ANOS DANDO ESPAÇO A ESCRITOS DE BOA ORIGEM!

 

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