Coluna Mensageiro
– A princípio, para não criar constrangimento em você leitor, em você leitora, recordemos que há um registro milenar: ”Santos sereis porque eu, vosso Deus, sou santo!”.
Com isso, o termo ‘santo’ ou ‘santa’ não fica restrito a uma determinada denominação religiosa, e também o intuito aqui, não é fazer proselitismo, mas contemporizar fatos de uma vida, que pode ter a ver com a sua.
Em 1952, 10 dias antes da Noite de Natal, uma senhora pariu um guri, fruto de amor puro entre um casal que viveu padrões severos de fé;
em 1953, 2 semanas antes de completar 1 ano do nascimento acima, outra senhora pariu uma guria, fruto de amor puro entre outro casal que viveu padrões também severos, ainda que em outra linha de fé.
Enquanto o guri nascera em Santa Rosa (RS), a guria nasceu em Descanso(SC). O piá emigrou, aos 16 anos, solito, de Santa Rosa para Nova Santa Rosa(PR), e a família da guria emigrou para Foz do Iguaçu(PR), quando ela tinha 5 aninhos.
Como um plano de Deus não muda por mais que alguém pense que com oração fervorosa possa fazer Deus mudar o pensamento, estes dois se encontraram numa festa junina no quartel do Exército em 1971, época em que ele prestava o Serviço Militar Obrigatório.
O tempo passou, passou, e um não mais viu o outro, até que numa certa quinta-feira de 1972, quando já havia passado mais de 1 ano, o tal soldadinho que dera baixa como “Cabo”, trabalhando no Banco Bamerindus, viu passar na calçada uma donzela esbelta, ereta, de longos cabelos negros, lisos, a qual lhe pareceu ser a ‘menina’ com quem trocou algumas palavras no Batalhão.
Sucederam-se semanas e, novamente numa quinta-feira ele a viu passar, até que um dia conseguiu se ausentar por motivos de levar documentos à Coletoria, e a alcançou próximo dos Correios, tendo eles travado um diálogo por ‘demorados’ minutos, se reconhecendo ali na calçada em frente onde atualmente é a Delegacia da Mulher.
Decidiram se encontrar, para melhor se conhecer, mas para isso ele deveria ir visitá-la em sua casa na Vila CR-1, na primeira quadra depois do atual Shopping JL.
A acolhida foi tão boa, pelos pais, que o namoro virou noivado em 1973 e casamento em 1974.
Pronto! Acabou? Não, pois cadê os santos e as santas, do título? Pois é!
Recém casados, não fizeram um planejamento familiar e, ela engravidou mas, para surpresa de ambos, Deus se intrometeu em seus planos e, em pleno Dia de Finados, abortou essa gravidez que parecia normal.
Na fé, o jovem casal não se abalou e seguiu a vida.
Ah, apareceram senhoras entendidas em ‘ter filhos’ e, assim como os amigos de Jó, tentaram suavizar a perda com: “Perder o primeiro filho, geralmente vai ser difícil ter outro; é bom vocês pensar em adotar uma criança!”.
“O quê? Seria esse o plano de Deus para nós?”.
Pra calar a boca dessas entendidas senhoras e, pra compensar a fidelidade do casal, no dia 04 de Novembro de 1975, nascia, de parto normal, uma menina.
Ela sofreu um pouco pela crueza de entendimento sobre vida familiar.
Essa menina não era santa, mas sobreviveu a uma intoxicação com leite em pó porque faltou leite materno.
Só se tornou “dos Santos” pelo casamento com um rapaz que conhecera na União Juvenil de sua igreja, o qual também foi seu colega de aula durante o curso de Ciências Contábeis.
Ela perdeu o marido num acidente, continuando a vida com a filha com 4 anos, na época.
Sem remorsos trabalha, firme, pra igreja.
[No Dia de Finados lembra com carinho de quem já partiu, mas sê submisso/a a Deus e feliz por Ele ter levado pessoas (do teu relacionamento mais íntimo) para junto de si. Vive tu, agora, de tal forma que Deus se alegre do teu testemunho, até o dia em que Ele perceber que o teu testemunho foi o suficiente para levar outras pessoas para mais próximo dEle!]
Edvino Borkenhagen
Coluna Mensageiro – Registro 0123526, 18/08/2003 – Títulos e Documentos
Publicada em 01/11/2019 no jornal Gazeta Diário – Ano XXII – Mensagem 1.110
BORKENHAGEN – 36 ANOS ENALTECENDO PESSOAS E SUAS VERDADES!