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Avenida Doutor Damião, nº 62 - América

Podem demorar em te atender?

Como podes pensar que alguém tenha o direito de demorar em me atender?
Se pago por um serviço é certo que, ao solicitar um atendimento, ele ocorra no menor tempo, se possível, imediatamente.

Imagina se meu filho adoece e o levo a uma Unidade Básica de Saúde, ou a um Pronto Atendimento do SUS, não tenho como aceitar que possam demorar no atendimento. Ou tu aceitarias, se fosse o teu filho?

Imagina se me quebra a obturação de um dente, digamos de um incisivo, e ligo pro dentista, e de lá a secretária me responde que só tem vaga em 4 dias. Eu devo ficar calmo aguardando, ainda mais tendo que proferir uma palestra amanhã? Tu aceitarias te apresentar em público com um dente incisivo quebrado? Acredito que não.

Imagina ser uma sexta-feira; que eu tenha ligado o motor para filtrar a água da piscina; o motor tenha pifado; eu esteja esperando visita; o eletricista, assim que chamado, me diga que está muito atarefado e que só vai poder me atender na segunda-feira. Eu deveria ficar tranquilo, sem ter a água limpa, na piscina, quando viesse a visita? Se fosse a tua piscina, também não gostarias, não é?!

Imagina meu carro ter sofrido um acidente no fim de Novembro do ano passado, eu ter comunicado a Corretora; que acionou a Seguradora; que me deu 3 opções de oficina; eu ter escolhido a mais próxima (não pela qualidade, pois não conheço seus serviços, mas pela proximidade de minha residência); e passa Dezembro, passa meio Janeiro, passa Janeiro inteiro, passa meio Fevereiro e meu carro não fica pronto! Pensas que eu devo me manter calmo, à pé depois dos 30 dias de “Carro Reserva” que a Seguradora me deu, depender de carona, de carro emprestado, de chamar carro do Uber? Eu devo ficar pacientemente aguardando o carro? E se fosse o teu, aceitarias facilmente ficar quieto sem pedir indenização pelos danos que te causaram?

Imagina um temporal do tipo desse de 19/02/2019, em Foz do Iguaçu, quando destelhou casas, estabelecimentos comerciais, quebrou árvores, danificou carros, quebrou postes e rompeu fios da rede elétrica, conseguiria eu ficar tranquilo esperando o retorno da energia elétrica, sabendo que as tilápias do laguinho de nossa casa estavam sofrendo por falta de oxigenação da água? Mesmo sabendo que estariam vindo equipes de Marechal Cândido Rondon, de Toledo e de Cascavel para ajudar os técnicos de Foz para consertar as redes elétricas e de telefonia, quem espera pela novela, não ficaria ansiosa pela volta da energia?

Por todos esses exemplos nós podemos ver o quanto somos frágeis, somos vulneráveis, nossas construções não são indestrutíveis, nossos carros não são de fácil manutenção, nossa saúde não “é de ferro” e nossa fé, …
O quê? Fé?
O que a fé tem a ver com essas situações?
Quanto tempo Deus tem de esperar para que reconheçamos que sua mão protetora permitiu que uma intempérie gerasse prejuízo no bairro vizinho, mas a nossa casa ficou intacta?
Quanto vai demorar para agradecermos que o nosso filho já voltou a andar, depois de ter quebrado a perna, mas foi bem cuidado pelos médicos?
Sim, de quantas situações de perigo já ficamos livres e deixamos de agradecer a Deus?
Quanto tempo Deus tem de esperar para que lhe agradeçamos pelas bênçãos, pelas graças?

Edvino Borkenhagen

Coluna Mensageiro – Registro 0123526, 18/08/2003 – Títulos e Documentos
Publicada em 22/02/2019 no jornal Gazeta Diário – Ano XXI – Mensagem 1.074

BORKENHAGEN 35 ANOS  RECONHECENDO A NOBREZA DE VALORES!

 

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