Coluna Mensageiro
Quando um bebê está a engatinhar, apalpa e pega tudo o que encontra sobre o piso, ou em móveis à sua altura.
Quando ele derruba um bibelô e a mãe dá-lhe uma palmada sobre a mãozinha, ele chora porque ardeu.
Não foi uma brutalidade, mas uma disciplina equilibrada como era possível o bebê entender.
Quando este bebê chegar, novamente, àquele local, por certo lembrará que ali não deve mexer porque senão receberá nova palmada.
Assim ele aprende por imposição.
Quando essa criança cresce e vai recebendo orientações, e as consegue assimilar, vai compreendendo que as lições que recebera quando ainda bebê, por exemplo daquela vez em que havia derrubado um bibelô da mãe, fica feliz por não ter insistido no erro.
A mãe fica contente que a criança vai aprendendo coisas novas e respeitando limites.
Quando essa criança se torna jovem, obviamente vamos acreditar que compreenderá quando o pai ou a mãe lhe der uns conselhos sobre:
– ir ou não ir a determinado lugar;
– se relacionar ou não se relacionar com determinado tipo de gente; ou
– aceitar ou não aceitar doutrinação na escola, que venha em desencontro com o entendimento da família.
Esse jovem cresce em estatura, conhecimento, sabedoria e idoneidade.
Quando esse jovem se tornar adulto o que se espera dele é que:
– tenha domínio próprio;
– não seja marionete de pregadores de fatalismo;
– participe ativamente de uma entidade onde possa exercitar o amor ao próximo;
– participe das atividades já aprendidas em sua igreja, quando jovem;
– leia, pesquise, para tornar-se sempre mais aculturado; e não necessite de leis que lhe obriguem a fazer o que é correto.
Isso aí acima pode ser um retrato teu? Parabéns, se a resposta for: SIM!
Quando surgiram os debates sobre a liberação da compra de armas para pessoas de bem, que cumprissem as condições estipuladas em determinação legal, houve quem se insurgisse contra.
Uai?!
Ser contra alguém de bem ter o direito a se defender?
Que tipo de pessoas são essas contra o armamento das pessoas de bem? Seriam pessoas do outro lado?
Uma pergunta que não cala:
“Quem é contra as armas, é contra existir armas em sua casa ou na casa dos outros?”
Se um bandido invade tua casa, tua propriedade, tu preferirías ir conversar com o bandido e tentar demovê-lo do seu intento?
Preferirías ligar para a Polícia e aguardar pra ver o desfecho, ou revidarias, protegendo a ti, tua família e teus bens?
Preferirías ser um ouriço livre para se defender com as armas que tem ou preferirías ser um dócil coelho num cercado, onde qualquer mal intencionado poderia tomá-lo para si e sacrificá-lo?
Chega de hipocrisia!
E com o fim da multa pela ausência de cadeirinha para crianças nos veículos?
Por acaso precisas de alguém que te obrigue colocar uma cadeirinha no carro, ou darías graças a Deus por existir no mercado um equipamento, e que tivesses resursos, para adquiri-lo, para bem acondicionar teu filhinho?
Como tem gente hipócrita aventando que o governo é despreocupado com a segurança!
Ninguém mais é obrigado a colocar tela na sacada do apartamento.
Nunca foi!
Queres proteger teu filho como ouriço ou queres deixá-lo livre e indefeso como coelho, na sacada?
Se te agrada, recomenda, e comenta no sítio!
Edvino Borkenhagen
Coluna Mensageiro – Registro 0123526, 18/08/2003 – Títulos e Documentos
Publicada em 21/06/2019 no jornal Gazeta Diário – Ano XXII – Mensagem 1.091
BORKENHAGEN – 36 ANOS AJUDANDO AMADURECER ASSUNTOS CRÍTICOS!
3 respostas
Sem dúvida, eu preferiria ser um Ouriço!!!
Tô tranquilo no meu canto.
Não mexe comigo que está tudo bem!
Obrigado Edvino!
Ótimo artigo!
Mesmo que eu não tivesse lido o texto eu responderia:
Prefiro ser um ouriço!
Não quero que me tirem o direito à defesa.