Existe ou não existe milagre virtual?

Quem viveu nos anos 70 deve ter lembrança das façanhas de Uri Geller, que na TV fazia demonstrações que incluíam dobrar colheres, identificar objetos ocultos e parar ou acelerar ponteiros de relógios à distância. Geller afirmava que esses efeitos eram provocados pela força de sua mente e pelo poder de sua vontade e que ele havia recebido esses poderes de extraterrestres. Foi contestado por pessoas que alegavam tratar-se de mero ilusionismo. Isso não vem ao caso.

Situação diferente é a do centurião de Cafarnaum, do exército romano, no tempo da ocupação na Palestina, o qual de alguma forma conheceu Jesus, conforme registra a Bíblia, e conforme o registra, era o centurião um homem sensível.

Teria ele construído uma sinagoga para os judeus se reunirem.

Quando um dos seus servos adoeceu, foi pedir ajuda a Jesus. Ainda que tenha recebido a promessa de que Jesus o atenderia, e sentir-se indigno de merecer a atenção de Jesus, mostrou total confiança e sugeriu, a Jesus, apenas uma palavra de ordem para que o servo fosse curado. A cura do servo, à distância, foi concretizada. Exatamente à hora em que Jesus ordenou que o servo ficasse curado, os seus o confirmaram ao centurião.

A cura não foi presencial, mas virtual, o que nos permite questionar: um culto, uma missa, virtual tem valor?

Se em casa o fiel, estando em frente ao televisor no momento da consagração dos elementos da Santa Ceia, tomar um pedaço de pão e um pouco de vinho, e os reconhecer consagrados, tomar destes para si e seus familiares, estaria recebendo o corpo e o sangue de Cristo em remissão de seus pecados?

É! O poder de Jesus é maior do que qualquer distância ou obstáculo. Atente para isso: você encontrará no céu pessoas que não espera. Surpreenda-se, mas primeiro alcance o céu! É mais seguro continuar frequentando a igreja!

MULHER DE 1,43M É DEFICIENTE?

Uma empregada foi surpreendida por chacotas de colegas, como alegou, por ter sido considerada deficiente, portadora de nanismo. Consta no processo que a empregadora a teria encaixado para completar cota legal. No exame médico constou sua deficiência como não dotada para determinados serviços. O estopim foi de uma foto sua ter sido mostrada em palestra como pessoa com deficiência que foi acolhida pela empregadora.

A reclamação trabalhista lhe rendeu R$ 5.000,00 de indenização por danos morais.

PALAVRA DE SINDICATO NÃO É DE JUIZ

Em acordo coletivo firmado com sindicato, um empregador do ramo de frigorífico permitiu que empregado atuasse além da jornada normal, compensando as horas no banco de horas.

Na Justiça o veredito foi que não é o sindicato que pode permitir, mas apenas a autoridade competente em matéria de higiene do trabalho.

Os ministros do TST foram unânimes que a prorrogação de jornada em atividade insalubre, mesmo que baseada em acordo de compensação, necessita de autorização do Ministério do Trabalho e Emprego, conforme o artigo 60 da CLT. Fique atento!

Pessoas há que, para determinadas atividades são chamadas a exercer um cargo de confiança. Não é para qualquer pessoa que se ofereça tal cargo. Há portanto, um diferencial, que enobrece quem é distinguido entre tantos.

Não pode a pessoa diferenciada com essa distinção, querer perpetuar-se no cargo, claro que não. Quando quem convidou, perceber que já não mais há atividade para tal pessoa, ou que a confiança tenha ficado fragilizada, pode substituí-la sem, necessariamente, causar constrangimento.

Ao demitir um empregado que exercia cargo de confiança, o tratamento da rescisão é o mesmo que para com os demais. A diferença reside no caso de ele ocupar cargo num sindicato, não ter direito à estabilidade, tal como outros empregados que não exerçam cargo de confiança.

No TST, por maioria de votos, ficou entendido que a estabilidade sindical é incompatível com função de confiança.

Também ficou registrado que a função de livre nomeação alicerça-se no elemento de fidúcia, de maneira que, cessada a confiança, torna-se impraticável a manutenção do vínculo de emprego.

Detalhe: O empregado (deste caso) nunca exerceu outra função junto ao empregador além do cargo de confiança.

É comum empregadores terem de defender-se em reclamações trabalhistas infundadas, porque o Brasil já pode ser considerado o país das reclamatórias. Em muitos e muitos casos, falta seriedade. É oportunismo pleno. Se a assessoria jurídica não estiver atenta, é perda da ação, na certa, a não ser que no Tribunal haja a percepção da malícia do autor. Muitos não ingressariam em demanda contra quem sempre lhe pagou corretamente, mas por terem-se deixado iludir, talvez no próprio sindicato, no dia da homologação.

Preste atenção!

Dívida trabalhista resultou na penhora de um veículo sobre o qual o ex-empregador detinha a posse precária.

No tribunal regional foi entendido que, pelo fato de o arrendatário estar pagando o veículo mensalmente e ter o direito de compra do veículo ao final das parcelas, poderia, sim, ser penhorado.

O arrendante, ainda dono do bem financiado por sistema de leasing, interpôs embargos de terceiro, defendendo que o bem não poderia ser penhorado.

O assunto alcançou o TST, onde o entendimento foi contrário ao do TRT, pois o veículo nunca poderia ter sido alvo de penhora porque não é de propriedade do arrendatário, mas do arrendador.

Assim, o Regional ofendeu o direito de propriedade da empresa (artigo 5º, inciso XXII, da Constituição Federal). Será que o advogado fraquejou?