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Vais orar, rezar ou fazer penitência?

Coluna Mensageiro
Passado o Carnaval, o carnival, a festa da carne, o epílogo dos prazeres, o período sem-limites do descaso quanto ao respeito com o semelhante (e por aí vai o entendimento de muitos), voltam foliões a frequentar a igreja, ajoelhando-se, pedindo perdão pelos excessos que aprontaram durante o Carnaval, participando assim do início da Quaresma.

Te soa estranho? Não podem os foliões se humilhar, reconhecer que exageraram, e ir à sua igreja pedir forças para viverem uma vida que agrade a Deus?
Quem há de julgar? Nós?
Ou isso cabe a Deus perceber se esse ato exterior é mera aparência social, ou se é sincero? Pois é!

Então cabe refletirmos um pouco sobre a proposta do título do artigo de hoje. Se perguntarmos ao Google: Qual é a diferença entre “orar” e “rezar” O que há de exemplo na Bíblia?, ele nos dará a seguinte resposta: Se estudarmos a origem latina (rezar em latim significa “recitar”, “ler em voz alta”, “apresentar lendo”, “citar”, “pronunciar uma fórmula”, “repetir”, “dizer algo decorado”. … Enfim uma conversa, orar é abrir o coração a Deus, como a um amigo.

Em certo encontro casual, conversando sobre amenidades, o bispo Dom Laurindo Guizzardi também se expressou assim e observou que a “oração” que os cristãos melhor conhecem e bastante repetem não é falada como oração, mas como reza, pois está escrita na Bíblia e apenas é repetida, geralmente em conjunto, pelos fiéis, talvez alguns até a decoraram sem muito pensar no sentido de cada oração (cada frase) contida nessa reza.

Experimenta analisar como interpretas, ou como assumes (se fores cristão/ã), essas três orações (frases) do Pai Nosso:
Venha o teu/vosso reino;
Seja feita a tua/vossa vontade; e
Perdoa as nossas dívidas/ofensas assim como nós perdoamos os nossos devedores/a quem nos tenha ofendido.

Parece-nos que cabe uma reflexão mais aprofundada a cada um que se sente animado a julgar o próximo, tenha ele participado do Carnaval ou não; seja ele seu colega de trabalho ou não; faça ele parte da sua família ou não.

Fazer penitência, fazer abstinência temporária de determinados alimentos, é um comportamento que vem de antes do nascimento de Jesus.
Isso vem das orientações bíblicas, é verdade.
Ensinam os religiosos cristãos que o sofrimento de Cristo, até ser levado Jesus à cruz do Gólgota, ser sepultado e, ter ressuscitado é obra completa.
Se é obra completa então não requer mais nada de parte dos seguidores, algum ato que complemente a obra.
Basta ser humilde e aceitar essa obra como suficiente para a salvação.

No tempo do profeta Joel, trouxe ele uma admoestação (de Deus) bem severa ao povo de Deus, que houvera se desviado dos caminhos de Deus: ‘Mas agora voltem para mim com todo o coração, jejuando, chorando e se lamentando. Em sinal de arrependimento, não rasguem as roupas, mas sim o coração’.
Claro que ninguém deveria cortar seu peito e estraçalhar o coração, mas a intensidade era o foco.
Manifestações exteriores, não, mas sim sentimento íntimo de humilhação!

Simbolismos, atos exteriores, apreciáveis pelo público, são manifestações espontâneas que podem fortalecer a fé de quem as pratica mas, depois da obra de Jesus, não continuaram como exigência bíblica, para alcançar a eternidade com Deus.

Edvino Borkenhagen

Coluna Mensageiro – Registro 0123526, 18/08/2003 – Títulos e Documentos
Publicada em 28/02/2020 no jornal GDia – Ano XXII – Mensagem 1.127

BORKENHAGEN 36 ANOS  ENALTECENDO VALORES CRISTÃOS, COM RESPEITO!

 

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